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— Oi. — sorri sem graça fechando a porta atrás de mim.

— Vitória? — franziu o cenho, surpreso.

— Eu mesma! — ri completamente sem graça, sentindo meu rosto queimar em vergonha, afinal a último vez que eu o vi foi depois da nossa transa.

— Você sumiu! — levantou-se animado e me surpreendeu com um abraço.

— Oi, moço! — Eduardo pronunciou-se e pelo o que eu conhecia, completamente enciumado.

— Oi, cara. — soltou-se de mim olhando pra Eduardo — Esse que é seu filho?

— É. — sorri.

— Lindo como a mãe. — olhou-me e fiquei sem graça, ele pareceu perceber — Calma, sei que tá namorando, aliás, o país inteiro sabe, né?! — riu.

—É... — sorri sem jeito — Então você é o filho da minha madrasta?

— É, sou. — fez careta e ri — Eles estão parecendo dois adolescentes apaixonados naquela cozinha, não sou obrigado a presenciar isso. — fez careta e eu ri, ele sempre foi ótimo de papo e foi esse um dos aspectos dele que me convenceu a ficarmos.

— Também acho meio desagradável presenciar isso. — ri — Olha, tenho que buscar o Gabriel agora, você entrega isso pro meu pai fazendo favor? Estou meio atrasada.

— Claro, entrego sim, vai lá. — sorriu pegando a sacola da minha mão, ele beijou meu rosto pegando-me e surpresa e saí sem graça.

...

Gabriel obrigou a parar em uma lanchonete e buscar um pastel pra ele, e enquanto eu dirigia de volta para casa os dois zoavam-me dizendo eu estar séria por ciúmes do meu pai, mal sabia ele que minha real preocupação não era isso. E sim que João Vitor praticamente entraria pra família e eu havia contado coisas desnecessárias que vivi com ele e mentido logo em seguida que ele não existia, quando na verdade dali a alguns minutos ele almoçaria conosco.

Rezei para Gabriel não lembrar ou notar que o cara que "inventei" e o cara que confessei jamais esquecer fosse o mesmo que nos aguardara dali há alguns minutos.

— Pera aí, não desce! — pediu quando paramos frente á casa do meu pai.

— Por quê? — olhei-o sem entender.

— Deixa eu te dar um beijo decente. Não vou fazer isso na frente do meu sogro! — riu puxando meu queixo, vi Eduardo tampar os olhos e Gabriel riu antes de beijar-me calmamente, encerrando com selinhos, ele olhou-me nos olhos e colocou meu cabelo atrás da orelha — Você tá tensa!

— Impressão sua. — selei nossos lábios — Vamos? — descemos do carro e Eduardo correu na frente entrando em casa, eu e Gabi entramos de mãos dadas e vi pela primeira vez minha madrasta. Me surpreendi. Ela não parecia nunca ter a idade que meu pai citou, e parecia muito menos ter um filho já da minha idade. Confesso, era linda. Era alta e loira, o que me surpreendeu já que pelo pouco que sei meu pai sempre preferiu as morenas — Oi, Vera. Prazer, Vitória. — estendi minha mão tentando ser simpática e ela surpreendeu-me ao me abraçar.

— O prazer é todo o meu. Você é linda! — disse com um sorriso enorme, sorri também e Gabriel á cumprimentou, fui pra perto do meu pai.

— Oi, você é o... — perguntou estendendo a mão a João Vitor.

— Sou o filho dela, prazer João Vitor.

— Prazer.

Fiquei aliviada por Gabriel não ter feito nem cara feia pelo nome. Ele cumprimentou meu pai com um abraço e meu pai nos convidou para irmos a cozinha almoçar. Apesar de o clima estar ótimo eu estava um pouco tensa. Mas admito, a namorada do meu pai era extremamente simpática e extrovertida.

DESTINO | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora