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Ohana:

Naquela manhã acordei com o corpo completamente dolorido. Eu ainda usava as roupas da noite anterior, mas estava coberta e bem deitada. Sentei-me e senti a cabeça doer, ao lado da cama notei alguns comprimidos e quando olhei em volta, percebi Vicente sentado na poltrona no fim do quarto.

-Ohana: Que horas são? - questionei confusa.

-Vicente: 8:45, você perdeu a aula. - ele disse calmo. - Papai foi para o México, e Gregory saiu com os amigos. Não haverá problemas.

-Ohana: Obrigada. - sussurrei levantando-me e sentindo todo o corpo doer.

-Vicente: Saio em duas horas, para o Canadá. - ele dissera paciente. - Volto no próximo fim de semana. E eu espero muito, que não faça nenhuma bobeira até lá.

-Ohana: Não vou fazer eu prometo. - soei convincente e ele apenas sorriu de canto.

-Vicente: Cuide-se, hum? - ele foi cuidadoso, levantando-se e deixando um beijo em minha testa. - Você é minha garotinha, e apesar dos pesares... ainda amo você.

(...)

Depois de um banho tomado, sai do quarto e caminhei até a cobertura próxima a praia. Sentei-me lá e logo tive Blake ao meu lado. O cachorro do papai. Surpreendi-me quando vi a ruiva sair do mar. E foi ainda mais surpreendente ver seu corpo. Eu levantei-me deixando Blake sozinho, e caminhei até a beira. Cheguei perto dela e nem se quer "bom dia" ela disse, simplesmente não abria a boca para nada. E se tinha aberto, eu já nem me lembrava.

Ela olhou-me confusa, bem, eu deveria estar na aula. Minha presença perturbadora é meu humor vacilante, não lhe era nada necessário durante as manhãs. Visto que estava ocupada nelas.

-Ohana: Machucou... - soei paciente tocando a parte inferior do seu abdômen medianamente definido e a vi arquejar.

Vi o sangue descer e ela respirar fundo com meu toque sútil. Ergui o rosto e olhei-a nos olhos, ela olhou-me também e então toquei novamente. Olhando se não tinha sido profundo. E ela arquejou, soltando um fraco e arrastado gemido.

-Ohana: Precisa higienizar e fazer um curativo. - salientei e ela tirou minha mão do seu corpo, logo em seguida. Assentindo milimetricamente, mas sem falar nada.

(...)

A levei pra dentro de casa, depois de colocarmos a prancha de surf na garagem. Pertencia a ela. E então subimos as escadas e eu a segui para o quarto de hóspedes, o mesmo que tinha sido preparado para ela.

-Ohana: Eu posso? - questionei paciente, visto que ela tinha tirado minha mão do seu corpo com brusquidão na praia.

Ela ficou silenciosa e eu respirei fundo, e ela assentiu milimetricamente, sorrindo de canto. Tinha a toalha em volta da cintura, e usava um biquíni branquinho. Realçava bem seu tom de pele e as curvas perfeitamente lindas que tinha. Ela era de fato, bela.

-Ohana: Foram nos corais... não é? - questionei paciente e ela permaneceu calada, como de previsto. - Precisa desinfetar, têm bactérias. - expliquei antes de aproximar o paninho com álcool.

Ela tomou de mim o pequeno vidrinho com álcool e caminhou até o banheiro, onde eu a acompanhei. Ela tirou a toalha e colocou-a na vidraça do box. Eu olhei todo seu corpo e depois me perdi no ato feito por ela. A maldita simplesmente derramou pequena parte do líquido sobre a ferida aberta e eu a vi soltar um grunhido de dor enquanto segurava-se na pia. As pontas dos seus dedos estavam mais claras, ela fazia força. Aquilo de fato tinha doído, e muito.

-Ohana: Que tipo de maluca é você? - questionei, tocando suas costas com calmaria. - Pelo amor!

Ela colocou-se ereta novamente e olhou-me de relance. Enxuguei a região e aquilo pareceu estancar o sangue por alguns segundos. Depois que voltamos para o quarto, limpei, apliquei um medicamento líquido sobre o ferimento e fiz um curativo. Bem, dei meu máximo pra ser um.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora