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Ohana:

Chegamos a casa, e não era tão básica assim. Era num bairro médio, de pessoas com condições estáveis. Entretanto, o que se passava a partir daquele portão, era o que me vinha a cabeça insistentemente.

-Larissa: Me da aqui. - ela pediu as chaves a ele, e então abriu a porta de entrada, onde passamos logo em seguida. - Ela está em casa?

-Miguel: Deve estar... com o idiota do Marcos. - ele disse impulsivo.

-Larissa: Quem diabos é Marcos? - ela questionou rapidamente.

-Miguel: Sei lá... ele disse que eu tenho que chamar ele de pai. - ele disse chateado. - Não gosto dele, ele é grosseiro.

-Larissa: Quer que eu bote ele pra correr?

-Miguel: Faria esse favor? - ele perguntou em instância, enquanto caminhávamos para a sala de estar.

-Larissa: Ótimo. - ela sorriu ladina.

Sentamos no sofá, e Miguel caminhou até a cozinha próxima. Buscou água para nós e então disse que ia só tomar banho e vestir roupas limpas. O garoto demorou cerca de meia de hora até voltar para nós. E enquanto isso, analisávamos a casa ainda sentadas no sofá. Estava tudo organizado e limpo.

-Larissa: Você quem limpou? - ela questionou assim que o viu.

-Miguel: Eu fiz as atividades casa... - ele disse. - A mamãe sempre deixa as coisas limpas.

-Larissa: Pelo menos isso. - ela disse com desdém, e ele sorriu.

-Miguel: Pode me ajudar com a atividade da escola? - ele pediu. - É matemática. Estou com dificuldade e é a minha última prova, amanhã.

-Larissa: E já estará de férias? - ela perguntou e ele assentiu. Bem. Faltavam cerca de 2 semanas para o natal.

Miguel trouxe um caderno e algumas canetas. Sentamos com ele no tapete e o ajudamos. Demorou um tempinho, mas ele conseguiu aprender tudo certinho. Tanto que, até resolveu um cálculo sozinho.

-Miguel: Deve ser o Marcos. - ele disse quando ouvimos o mexer de chaves na porta.

Se não tivéssemos chegado, o garoto teria passado o dia sem comer, visto que já eram quase 20:00, e só agora o tal Marcos estava chegando.

-Marcos: Quem são vocês? - ele questionou assim que deu o primeiro passo para dentro.

-Miguel: Minha irmã, Larissa. - ele disse paciente, erguendo o rostinho para olhá-lo. - Falei dela pra você...

-Marcos: É... e eu lembro de não ter dado a mínima. - ele soou com desprezo. - Por que a deixou entrar?

O garoto apenas baixou a cabeça, e Larissa sorriu ladina, pondo-se de pé.

-Larissa: Porque sou eu quem banco a casa, marmanjo. - ela soou paciente.

-Marcos: Laila soube que está aqui? - ele referiu-se a mãe dela. - Ela claramente não iria querer você aqui.

-Larissa: Eu não me importo com o que a Laila quer ou deixa de querer. - ela soou desprezível. - Hum? Satisfeito?

O homem respirou fundo e entrou. Ele foi a cozinha, buscou um copo com água e então entrou em uma porta, deu pra ouvir o bater brusco, depois que passou pelo corredor.

-Miguel: Ele é sempre assim. - o garoto disse chateado.

-Larissa: Ele já bateu em você? - ela questionou paciente.

-Miguel: É... quando eu não faço o que ele quer. - ele parecia respeitoso de mais. Além do mais, não se é certo bater em crianças.

-Larissa: Ele vai já achar o caminho da rua. - ela disse paciente.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora