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Ohana:

Depois de todo aquele momento emotivo, Larissa contou-me sobre o jantar que teríamos aquela noite, em um dos restaurantes fabulosos do México. E eu logo previ que seria pelos negócios.

-Larissa: Estamos negociando uma carga de armas. - ela disse paciente. - É um jantar de negócios.

-Ohana: Eu vou com vocês. - insisti.

-Larissa: Você agora tem um neném aqui, a minha preocupação ficará triplicada. - ela disse baixinho. - Não quero correr o risco de perder nenhum dos dois.

-Ohana: Como você disse... é só um jantar.

-Larissa: Você sabe que existem conflitos entre mim e o comprador. - ela disse baixinho e eu sorri ladina. Eu não me importava.

-Ohana: Ótimo, se torna ainda mais necessário que eu vá. - fui sincera, afinal de contas ela odiava-os e todos nós Lefundes sabíamos disso.

-Larissa: Contratei um segurança pra você essa manhã. - ela disse paciente. - Ele vai.

-Ohana: Quem?

-Larissa: O Hassan. - ela respondeu e eu sorri ladina. - Você se surpreenderia se visse do que ele é capaz.

-Ohana: Eu não duvido... - eu disse baixinho. - Você com 15 era bem pior do que ele. Ele já tem 18, deve ser bom.

Me prontifiquei e quando chegou a hora, Joe guiou a mim, Gregory, Larissa e meu pai, até o helicóptero. O voo até Tijuana foi como sempre muito rápido, e logo estávamos no heliponto de um dos altos prédios que pertenciam ao papai. Uma limusine levou-nos até o restaurante conhecido pelos renomados, e em questão de segundos dois homens de preto, com aparelhos de comunicação nos ouvidos, nos guiaram até uma "sala" reservada.

-Yoseph: Michael! - meu pai soou todo sorridente, assim que viu o homem de roupas de grife e um sorriso nada confiante.

-Michael: É um prazer revê-lo, Yoseph. - o homem soou calmo. - É procedimento... você sabe. - ele relatou, assim que um dos seus homens, passou a revistar meu pai.

Larissa ergueu as mãos em rendição, e assim, um outro fez com ela. A revistando por inteiro. Assim que finalizou, vi a ruiva colocar o olhar sobre mim. Eu usava um vestido justo, diferente dela, que usava roupas de alfaiataria.

-Larissa: Já chega. - ela soou rouca, quando viu o homem passar as mãos pela minha cintura com demasiada ousadia. - Eu disse: Já chega! - ela respaldou em alto e bom tom, o agarrando pela gola da camisa.

-Ohana: Ei... deixa ele fazer o trabalho dele. - tentei apaziguar as coisas, quando notei as reações ali. Ela era esquentadinha de mais.

-Larissa: Não gosto dele tocando em você. - ela disse paciente enquanto ainda o segurava pela gola. O fitando bem.

-Ohana: E eu não gosto de você com toda essa impulsividade. - respaldei e ela o soltou. - Peço desculpas. - sorri ladina e ele me olhou. - Mas faça seu trabalho corretamente, hum? Se não, dá próxima vez, eu mesma mato você. - sussurrei assim que chamei-o para se aproximar.

Me aproximei dela e quando fui entrelaçar minha mão a sua, ela soltou. Eu sorri ladina, e lembrei-me do quanto ela era birrenta. Sentei-me ao seu lado na mesa, e deixei que meu pai resolvesse o que tinha pra resolver. Afinal de contas, meu pai nunca deixaria ela negociar aquela carga, até porque ela mataria Michael na primeira oportunidade que tivesse.

-Ohana: Faz mal para o neném... me deixar brava. - eu disse baixinho, e ela me olhou, ainda séria e chateada.

-Larissa: Idiota. - ela reclamou comigo.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora