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Duas semanas depois

Larissa:

"Terminamos"

-Larissa: É a terceira vez hoje, Ohana, pelo amor de Deus! - eu disse impaciente, levantando-me da cama e levando o edredom e travesseiro comigo.

-Ohana: Não importa! - ela gritou comigo. - Você não vai dizer nada?

-Larissa: Não, porque eu sei que você só quer brigar e são quatro da manhã, eu não quero brigar agora. - eu respondi-a no mesmo tom.

-Ohana: Larissa! - ela disse ríspida e eu respirei fundo.

Me sentei no sofá próximo da cama, no canto esquerdo. Finalmente aquele móvel me teria utilidade, eu não desceria as escadas todas as vezes que ela se irritasse. O que previamente vinha sendo um incômodo pra mim.

-Larissa: Se você começar com isso, vou pro hospital passar o dia com a Viviane. - eu disse rapidamente, visto que a morena tinha começado a sentir contrações no início da noite, e rapidamente Yoseph tinha levado-a para o hospital.

-Ohana: Vai Larissa, vai! - ela disse sentando-se na cama. - Passa da porta pra você ver, passa!

Eu respirei fundo mais uma vez e coloquei-me a encara-la. Vínhamos discutindo bastante, ela vinha tendo um ciúme excessivo, dores de cabeça, vômitos a quase todo momento e já tinha perdido cerca de dois quilos pela má alimentação que eu vinha tentando mudar a todo custo.

-Ohana: E você fala baixo comigo! Eu não sou sua rapariga não! - ela praticamente gritou e eu levei ambas as mãos ao ouvido. - Tira a mão do ouvido que eu tô falando com você!

-Larissa: Hum... fala. - tentei ser paciente e ela me olhou inquieta.

-Ohana: Não quero mais você passando perto da porra daquela conveniência.

-Larissa: Ohana já se passaram três dias, e eu nunca mais passei lá desde que você se irritou e brigamos o dia todo. Da pra parar? - eu questionei e ela levantou-se.

-Ohana: Cala a boca, Larissa! - ela disse se aproximando, colocando o dedo no meu rosto.

-Larissa: Vai a merda, Ohana. - eu disse baixinho e levantei-me.

-Ohana: Senta aí! E me respeita. - ela disse em alto bom tom.

Eu acabei me deitando no sofá, e no pequeno espaço que restou ela deitou, praticamente ficando sobre mim.

-Larissa: Deita na cama sozinha, eu não tava te incomodando? - questionei irritada.

-Ohana: Eu deito aonde eu quiser. - ela rebateu.

-Larissa: Então vamos pra cama.

-Ohana: Eu quero ficar aqui. - ela disse mais uma vez. - E de preferência com você calada.

-Larissa: Agora pronto, não posso falar, não posso deitar na cama, não posso responder o "boa noite" de outras mulheres... - eu reclamei.

-Ohana: Você é casada, se manca.

-Larissa: Não sou casada não.

-Ohana: Larissa! - ela respaldou, e rapidamente eu senti o ardor do tapa deixado em minha coxa. - Você acorda pra vida, viu?

-Larissa: Uhum... - concordei sonolenta.

-Ohana: Abre a boca e fala direito.

-Larissa: Que inferno! - eu disse em alto tom. - Decide o que você quer!

-Ohana: Quero você! - ela utilizou do mesmo tom de voz.

Eu levantei-me e fui pra cama, não demorou muito para que ela levantasse-se e se sentasse em meu colo. Me encostei na cabeceira e cruzei os braços, ela os descruzou e me fez levar as mãos até suas coxas torneadas. Sua barriga já começava a tomar formato, e eu sabia o quanto aquela bebê estava mexendo com ela.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora