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Larissa:

Ela se manteve em meus braços por um longo tempo, e gradativamente foi se resguardando e melhorando. Era a primeira vez que eu reagia com tamanha agressividade em sua prol, e eu pouco sabia se já tinham feito isso alguma vez. Fora que, eu também desconhecia tudo que já tinha presenciado.

-Larissa: Desculpa. - eu pedi baixinho, e ela esquivou-se me olhando. - Eu não queria... te assustar.

Ela assentiu milimetricamente e eu levei a mão a enxugar seu rosto. Ela tinha os olhinhos ainda marejados, as bochechas e os lábios rosados.

-Larissa: Melhor? - questionei-a e ela assentiu.

Ohana:

Sentei-me na cobertura com Gregory e papai, enquanto eles mexiam no celular. Larissa permanecia próxima ao parapeito, ela observava a vista e se mantinha quieta.

-Yoseph: Se sente melhor, meu bem? - ele questionou paciente e cuidadoso comigo. E eu assenti.

-Ohana: Foi só.. um choque, entende? - relatei e ele assentiu.

-Yoseph: Não é um costume, está tudo bem. - ele sorriu ladino.

Olhei para trás e vi Vicente, ele caminhou até nós em passos curtos, e acabou por sentar-se ao lado do nosso pai. Vicente buscou a garrafa de whisky sobre a mesa, servindo-se com calmaria.

-Vicente: As chaves do seu carro. - ele jogou sobre minhas pernas as chaves do Audi Rs5 que eu não usava a bastante tempo. Com demasiado desdém.

-Yoseph: Você não tem mais educação? - meu pai o questionou com tranquilidade e vi Vicente o encara-lo. - Ou vou precisar novamente te ensinar a ter?

-Vicente: Perdão. - ele pediu baixinho, e engoliu em seco.

-Yoseph: Ótimo. - meu pai deu dois tapinhas em sua coxa. - Ótimo... ótimo. - ele praguejou repetindo. - Agora saia, estou sem tempo para o seu mal humor e as suas notáveis ações provocadoras. Saia! - mandou com rispidez, mas calmaria em tom de voz.

Vicente deixou o copo de cristal sobre a mesa e retirou-se segundos depois. Meu pai costumava ser bem rígido, quando tratava-se de respeito. Principalmente entre nós mesmos. Vicente ultimamente vinha sendo o que estava dando mais trabalho quanto a isso. Fosse lá o que estivesse acontecendo, ele não tinha o mínimo direito de agir assim. Éramos seus irmãos.

-Gregory: Obrigada. - Gregory disse baixinho, e papai assentiu.

-Yoseph: Cuidem-se, hum? - ele disse baixinho, pondo-se de pé. - Cuida da minha menina. - ele disse a Larissa, e ela assentiu.

Papai colocou o copo de cristal sobre o centro, e então caminhou vagaroso, sendo seguido com Joe para fora da cobertura. Gregory arrastou-se no sofá e então deitou-se, pondo a cabeça em minhas pernas. Adentrei seus fios sedosos e medianos, acariciando-o.

-Gregory: Podemos sair pra comer algo? - ele questionou.

-Ohana: São quase duas da madrugada. - eu disse baixinho.

-Gregory: Não importa... - ele sorriu sem graça. - Eu só... não quero ficar aqui.

Ele sentou-se e olhou-me, aguardando por uma resposta. E eu assenti, entreguei as chaves do carro a Larissa e ela logo entendeu do que se tratava.

Larissa:

Levei-os a um restaurante 24h, aquilo era distante do paladar deles. Mas as vezes fugiam da rotina tediosa que tinham. Ao menos eu a julgava assim. Estávamos no norte de San Diego, e depois de realizarem os pedidos, sentaram-se na área aberta, de frente para a praia.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora