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Ohana:

Eu tocava suas costas com demasiado cuidado, enquanto tinha-a sentada na cama. A medida em que o fazia, inclinava-me para deixar beijos em seu pescoço, a proporção em que também conversávamos. Era noite de uma sexta, por volta das 22:00. Meses atrás, neste mesmo horário, provavelmente eu estaria em alguma boate luxuosa com algum homem idiota, ou simplesmente bêbada com as minhas amigas. Atualmente, eu me encontrava numa rotina que eu realmente não esperava... fazendo massagem na minha noiva, enquanto ela escolhia um filme bobo para enrolar até o horário em que pegaríamos o helicóptero para um lugarzinho específico. Papai tinha inventado uma viagem de última hora, para que relaxássemos, dado aos problemas que Vicente tinha nos causado. Onde meu irmão estava? Bem, na Suécia, nos poupando da perturbação que vinha fazendo, por conta do psicológico abalado. Passaria por um tratamento de terapia, e se desvencilharia dessa rotina horrenda que ele vinha tendo... iria passar alguns meses com a vovó.

-Ohana: Com sono? - questionei enquanto ela vestia a camisa larga, com um pouquinho mais de facilidade, do que dias atrás.

-Larissa: Não... - ela virou-se, ficando de joelhos sobre a cama. - Nem um pouquinho.

Ela me induziu a deitar na cama, e ficou entre minhas pernas, poiando o peso do corpo sobre os cotovelos. Recebi vários selinhos, enquanto sorria ladina pra tal ato cometido.

-Larissa: Eu passaria por tudo aquilo, milhares de vezes. - ela sussurrou enquanto olhava-me nos olhos, e dedilhava a lateral da minha face. - Só pra ver esse sorrisinho aqui...

Eu sorri um pouco mais boba por ela, e acabei ganhando um outro selinho. Que aos pouquinhos foi virando um beijo, demorado e lento.

-Ohana: Melhor pararmos, hum? - sussurrei, visto que ela estava longe de estar 100%, e eu não queria tornar esse processo ainda mais lento. Ainda não era a hora certa.

-Larissa: Uhum... - ela sussurrou um pouquinho chateada.

-Ohana: Ei... - toquei seu rosto com cuidado, acariciando o maxilar com o polegar. - Relaxa, tudo bem, hum?

Puxei-a de volta pra mim, e ela acomodou-se ao meu corpo. Levei-me a acariciar sua nuca com a ponta das unhas, enquanto sentia sua respiração morna contra meu colo, e seus dedos macios tocarem-me o ombro. Como se desenhasse algo imaginariamente. Ela estava cada vez mais frustrada consigo mesma, não tinha a mesma rotina de antes e isso acabava com ela. Bem, acabaria com qualquer um...

Larissa levantou-se a observei engolir dois comprimidos, dos muitos que vinha tomando ultimamente. Ela olhou-me inquieta e eu sorri ladina.

-Larissa: Para... - ela soou dengosa.

-Ohana: Para você... eu hein! - abracei-a pela cintura, depois de levantar-me rapidamente. - Está tudo bem, eu juro...

-Larissa: Ok. - ela sussurrou um pouco mais tranquila.

(...)

Sobrevoamos Tijuana de helicóptero, e momentos depois Joe mudou a rota, para que fôssemos a uma ilha ainda no México, onde tínhamos uma área pertencente. Era por volta das 6:00 quando chegamos a ilha, o mar estava agitado e a maré alta. Saímos direto do heliponto para o interior da grande casa, onde eu mostrei tudo pacientemente a Larissa. Visto que tínhamos sido as primeiras a chegar no lugar. Papai, Viviane e Gregory, ainda demorariam um pouco, pois meu pai ainda precisava resolver algumas coisas. Então teríamos um tempo a sós.

-Ohana: Gostou? - perguntei enquanto fechava as persianas da grande sala, afinal começava a neblinar.

Ela assentiu milimetricamente, sentando-se numa das poltronas laterais ao lado do sofá em formato L. Usava um conjunto de moletom vermelho, tênis branco e um boné também branco. Olhei-a pacientemente e ela desviou o olhar, sorrindo ladina. Aproximei-me e sentei no seu colo, suas mãos se apossaram da minha cintura, mantendo-me segura em seu colo.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora