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Viviane:

Me aproximei de Larissa, assim que levantei desci as escadas, por volta das 3 horas da madrugada. Ela estava coberta, deitada no sofá, e já parecia um pouco sonolenta. Eu sorri ladina por não entender o que havia acontecido, e então me aproximei, sentando-me quando ela deu espaço.

-Viviane: O que houve?

-Larissa: Surtou e me mandou sair da cama. - ela disse baixinho e eu sorri ladina. - Disse que estava com calor e eu era muito grudenta.

-Viviane: Acontece. - eu a tranquilizei como podia. - São... momentos difíceis, as vezes não sabemos como lidar. Você vai precisar de paciência e compreensão para com ela.

-Larissa: Hum... - ela sorriu sem esboçar muito. - Você é igualzinha a ela.

-Viviane: Um pouco. - comentei e sorrimos.

Larissa apoiou o rosto em meu ombro, tendo as pernas cruzadas e o olhar tristinho. E podia imaginar o quanto estava sendo difícil pra ela, afinal de contas ela era uma menina muito amorosa quando se tratava da Ohana. E agora, nesse turbilhão de emoções, Larissa não sabia pra onde correr.

-Larissa: Vou ver se ela já conseguiu dormir. - disse-me baixinho, e se levantou.

Ohana:

Eu estava sentada na cama, quando Larissa adentrou o quarto. Seu olhar me buscou ansiosa, mas preocupada e insegura. Ela permaneceu de pé, ainda tendo a mão na maçaneta, estando do lado de fora.

-Larissa: Eu posso entrar? - ela questionou baixinho, carinhosa e cuidadosa como sempre.

-Ohana: Entra. - eu respondi-a paciente.

Ela deu pequenos e demorados passos até sentar-se ao meu lado. Eu olhei-a e rapidamente ela afastou-se de mim. E nem se quer por isso, eu havia pedido. Talvez minha reação tivesse abalado-a bastante, pra que meu olhar já dissesse a ela o que fazer.

-Larissa: Desculpa se fiz algo errado. - ela disse baixinho. - Eu posso dormir lá fora se você quiser.

-Ohana: Não quero mais dormir. - disse paciente na medida do possível.

-Larissa: Tudo bem.

-Ohana: Não... não está tudo bem, Larissa, eu sinto que vou explodir a qualquer momento. - eu disse rapidamente e ela desviou o olhar do meu, engolindo em seco.

-Larissa: Você pode parar de falar assim? Isso machuca. - ela disse com os olhinhos tristes e eu me arrependi imediatamente. Me culpando por não conseguir nem mesmo controlar minhas emoções.

-Ohana: Você pode só... ficar em silêncio? - pedi baixinho e ela assentiu. - Se achar que não consegue, tira um tempinho pra você... faz algo que goste, hum? Até que eu me sinta melhor. Pode me deixar sozinha, tudo bem.

-Larissa: Você é o amor da minha vida, eu não posso te deixar. - ela disse baixinho, me olhando ainda frustrada.

Eu sorri ladina e respirei fundo. Eu realmente precisava de um tempinho. Mas não queria machucar ela de forma alguma, por mais que eu já tivesse feito isso. Querendo ou não, sabíamos que atos assim iriam acontecer uma hora ou outra.

Ela encostou-se na cabeceira da cama, e eu me vi ainda mais culpada. Me coloquei em seu colo, e segurei seu rostinho entre minhas mãos.

-Ohana: Me perdoa. - eu pedi baixinho, enquanto olhava-a nos olhos. - Eu não quero machucar você, mas as vezes parece incontrolável. Tem coisas idiotas que você faz, que me irritam de um jeito absurdo.

-Larissa: Eu paro de fazer, é só você me dizer o que. - ela argumentou e eu neguei rapidamente.

-Ohana: Eu amo você do jeito que você é, e não quero que mude isso. - respaldei. - Vou tentar ser mais paciente, eu prometo. Eu juro por tudo, que vou tentar.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora