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Ohana:

Escrevi meu nome no gesso enquanto ela sorria ladina, e tinha a mão intacta repousada na minha perna.

-Larissa: Faz um desenho? - ela pediu baixinho.

Fiz alguns pequenos desenhos bobos, que significavam muito para nós. E ela sorriu em primórdio, ao ver a bandeirinha da Suíça que desenhei.

-Larissa: Foi aqui que conversamos sobre tudo que sentíamos. - ela disse baixinho e eu assenti.

-Ohana: Isso aqui... - mencionei o quarto. - É importante para nós.

Caminhamos juntas para a varanda, e então Larissa sentou-se na poltrona. As vidraças estavam fechadas, por conta da névoa noturna, mas ainda assim a vista era meramente aceitável. Sentei-me no colo dela e senti seu rostinho descansar em meu ombro, tendo seus braços em volta da minha cintura.

-Larissa: Não quero dormir agora. - ela disse baixinho, e eu concordei.

(...)

Na manhã seguinte, tomamos café juntos como de costume, e fomos ao Kapellbrücke. Miguel observava tudo em volta, enquanto eu e Larissa caminhávamos um pouco mais atrás, de mãos dadas.

-Ohana: Essa é a ponte coberta mais antiga da Europa inteira. - eu expliquei-a sobre o ponto turístico que eu já conhecia bem. - Foi construída em meados do século XIV. Também a chamam de ponte da capela.

Ela sorriu ladina e tornou a observar em volta. Levou o braço a repousar em meu ombro, abraçando-me lateralmente enquanto andávamos.

-Ohana: Durante a Idade Média, a ponte funcionou como porta de entrada na cidade e através dos séculos se transformou em um dos maiores atrativos turísticos da Suíça. - respaldei e ela me olhou.

-Larissa: Admiro tanto essa inteligência que você tem... - ela disse baixinho e eu sorri ladina. - A ponte oferece vista privilegiada da bela torre octogonal que fazia parte da proteção da cidade durante a idade média e, é hoje, junto com a ponte, seu maior cartão postal. - ela me mostrou um pouco do que sabia.

-Ohana: Exatamente.

-Miguel: Esse é o rio Reuss? - ele questionou a mim, e eu assenti. - Caramba! Estamos muito longe de casa!

-Ohana: Realmente, estamos muito longe de casa. - respaldei.

Eu tinha aproveitado esse tempinho que passaríamos na Suíça, para adiantar um dos presentes de natal do Miguel. Eu e Larissa tínhamos deixado tudo bem detalhado e escolhido, na empresa  de arquitetura que confiávamos. Eu tinha pagado metade, e ela metade, depois que tanto insisti. Afinal de contas, era o presente que daríamos juntas a ele.

Voltamos para o carro, e fomos a igreja Hof, assistimos à missa matinal e então voltamos para o Kapellbrücke. Atravessamos a ponte coberta, para um restaurante bem conhecido.

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Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora