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Larissa:

Depois de esperá-la se arrumar, fui guiada até a quase saída do portão, por ela. A garota estendeu-me as chaves de um Maserati Levante, um compacto 4x4. Era bonito, preto fosco, com rodas no mesmo tom. Blindado, vidraças fumê.

-Ohana: Dirige você. - ela soou paciente, e eu assenti.

Levei-a até um dos restaurantes mais movimentados de San Diego, e após estacionar o carro, a segui pelo interior, acompanhando-a até o elevador e por fim até a cobertura. Seu pai subornava e chantageava por ali, então não me foi impedido o uso de arma, eu entrei, e fiquei. Um pouco afastada, bem, ela ainda tinha que ter privacidade.

Mantive-me de pé, próxima ao parapeito. Eu tinha vista da cidade, era noite, estava bem iluminada.

-Barman: Aceita um drink? - o homem de cabelos ruivos, presos a um coque minúsculo, sorriu ao perguntar. - O senhor Tyler, mandou-me a vocês. - ele referiu-se ao dono do restaurante. Que aparentemente havia colocado-o apenas as vontades da loira.

-Larissa: Não, obrigada. - neguei e ele assentiu.

-Barman: A garota... disse que pode pedir o que quiser. - ele disse, e logo busquei Ohana com o olhar. E lá estava ela... sorrindo pra mim, de relance, enquanto os amigos conversavam.

Encarei o barman, e ele manteve-se olhando-a vez ou outra.

-Larissa: A garota... - referi-me a Ohana, e ele finalmente olhou pra mim outra vez. - Sei que não gostam de nós por aqui... mas ela está só se divertindo. Se acontecer alguma coisa com ela, rasgo sua garganta aqui mesmo e te penduro naquele parapeito como se fosse um maldito enfeite de natal. Como num espetacular filme de terror. Entendeu?

(...)

Já era por volta das 23:00, ela estava sentada com eles e eu me encontrava extremamente bem. Confesso, era solitário e silencioso, mas não era ruim.

Ela disse algo, e se afastou deles. Tinha um drink em mãos, enquanto se aproximava de mim.

-Ohana: Tudo bem por aqui? - questionou-me paciente e eu assenti. - Toma... um pouco. - estendeu-me o drink e eu mantive-me calada.

Ela respirou fundo e sorriu.

-Ohana: Vai gostar... - aproximou-o dos meus lábios, e aproximou-se também. - Um gole.

-Larissa: Não posso. - disse baixinho e ela sorriu.

-Ohana: Vai... um pouquinho. - insistiu, e sem contraria-la, realizei sua vontade.

A borda ainda tinha a marca do seu batom, e enquanto eu o fazia, ela olhava-me atenciosa. O líquido tinha um sabor adocicado, revelava um leve aroma de cereja, o sabor também... mas sobressaia o refrescante do hortelã. Era uma mistura, que seja lá como, se encaixava de alguma forma.

-Ohana: O que acha de me levar pra casa? - perguntou baixinho, e foi ali que eu percebi que ela já estava um pouco alcoolizada.

-Larissa: É... pra casa, vamos. - chamei e ela sorriu, assentindo.

Ohana foi até os amigos, despediu-se de todos eles e retornou até mim. Acho que estava virando costume, eu retirar o casaco e dar a ela. E assim o fiz. Caminhamos até o carro, enquanto eu ia ao seu lado, mantendo-a segura.

-Ohana: Tudo bem se eu dormir? - ela questionou dengosa, ao mesmo tempo que fora de si, e eu sorri.

-Larissa: Tudo bem, se você dormir. - tirei alguns dos fios da sua face, e coloquei-lhe o cinto de segurança. - Vai estar segura.

-Ohana: Ta bom... - ela sorriu, ajustando-se no banco. - Confio em você... Lari.

Ohana

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora