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Ohana:

Jantávamos em família em um renomado lugar de San Diego, em uma das partes mais reservadas, graças a presença do meu pai. Larissa se mantinha resguardada, junto a Joe, em ponto estratégico caso precisássemos deles.

O clima na mesa não era nada bom, visto que Gregory e Vicente vinham discutindo desde cedo. E eles não paravam de se alfinetar um se quer segundo.

-Vicente: Como você consegue se deixar amar alguém que não te ama? - ele sorriu áspero, fitando-o com desdém. - Alguém que nunca será seu, Gregory.

-Gregory: E como você consegue deixar-se magoar alguém, e chegar em casa, olhar pra Ohana e saber que podem fazer o mesmo com ela? - ele questionou em instância, tocando no ponto fraco de Vicente.

-Vicente: Ótimo... o sortudo que a tiver, que não cometa o erro. - ele soou paciente, mas atroz. - Ele conhecerá o Diabo, sem precisar ir ao inferno.

Levei a mão a taça de vinho, e a trouxe aos lábios, sentindo o sabor suave do líquido. Papai apenas olhava silencioso, enquanto eu sorria ladina.

-Ohana: Isso não é sobre mim. Será que podem parar? - pedi com paciência e Gregory apenas desviou o olhar.

-Vicente: Claro. - ele sorriu ladino, assentindo.

Levei a mão a tocar o ombro de Gregory, e ele olhou-me impaciente. Acariciei-lhe a face e ele engoliu em seco.

-Ohana: Tudo bem? - questionei e ele assentiu milimetricamente. - Ótimo. - eu sorri pra ele e ele olhou-me calmo. - Você é bom, sei disso.

Gregory assentiu milimetricamente engolindo em seco, tornando a comer silencioso. Eu encarei meu pai e ele sorriu ladino, assentindo por vez. Vicente, apenas manteve-se calado, ele culpava-se por suas ações, mas não deixava que expuséssemos elas assim. E Gregory sabia disso, mas era sua forma de defesa. Passei a olhar em volta e buscar Larissa discretamente, fitei-a acompanhar uma moça com o olhar, e rapidamente engoli em seco. A mulher morena sorriu para ela, e eu a vi sorrir lateralmente.

Ergui-me e papai logo soube que eu me retiraria, mas não a razão. Caminhei em passos vagarosos até o banheiro, enquanto era seguida pela ruiva. Ela fazia seu trabalho.

Larissa:

Assim que ela adentrou o banheiro, acompanhei-a para dentro. As cabines estavam todas vazias, e eu me certifiquei disso, enquanto a via retocar o batom vermelho, em frente ao espelho.

-Ohana: Vem aqui.

-Larissa: Por que? - questionei confusa.

-Ohana: Eu não estou pedindo, eu estou mandando. - escutei sua voz soar com seriedade e então o fiz.

Ela guardou o batom e logo tive uma de suas mãos segurando-me pelo queixo com rapidez. Eu estava presa entre seu corpo e a pia, tinha apenas as mãos sobre o mármore, segurando-me.

-Ohana: Se eu te ver de gracinha com outra, eu te mato.

Tinha posse em seu olhar, eu sabia disso. E o que era fodidamente errôneo, era que eu adorava esse seu jeito atroz e possessivo de ser.

-Larissa: É?

-Ohana: É! - ela respondeu em instância.

Levei-me a engolir em seco e sorrir ladina. Enquanto ela olhava-me sem desviar o olhar. Roubou-me um selinho, e enquanto olhava descaradamente para a minha boca, tornou a fazer outra vez.

-Ohana: Sem gracinha, entendeu? - questionou baixinho e eu assenti, dizendo que havia entendido.

Ela desceu a mão pelo meu pescoço, ombro e pelo braço por completo. Segurando minha mão por alguns segundos, antes de sair e levar-me a segui-la.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora