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Ohana:

Era noite de natal, e estávamos todos reunidos na cobertura da casa. Vovó brincava com Viviane, enquanto eu me mantinha reclusa com Larissa, Miguel e Bryan. Ainda que fosse uma noite especial, ambos os garotos continuavam com uma bendita bola de futebol, um tocando para o outro, fazendo embaixadinhas ou a acertando acidentalmente em mim.

-Larissa: Caramba moleque! Sossega dez minutos! - ela disse quando Miguel sorriu ladino, levando a mão a afastar os fios lisos do rosto.

Larissa deixou um tapinha em sua nuca e eu sorri discreta. O jeito que eles se tratavam era extremamente diferente de qualquer outra relação. Entretanto, ela o respeitava, assim como ele também.

-Ohana: Não fala assim... - pedi baixinho.

-Larissa: Ele gosta... - ela disse sorrindo e eu sorri ladina.

Tornamos para perto dos outros depois de alguns beijinhos carinhosos e troca de afeto. Vovó serviu uma taça de champanhe para a Lari, e uma pra mim. Ficamos ali um tempinho, até que notei Vicente sentado sozinho, e então Gregory segurou minha mão.

-Gregory: Ei.. o que acha de falarmos com ele? - ele questionou. - É natal, Ohana. Nunca passamos um brigados.

-Ohana: Sabe a destreza das ações dele? - questionei. - Ele quase matou a mulher que eu amo.

-Gregory: Mas ele é nosso irmão.

-Ohana: E eu estou prestes a ficar grávida dela. - acabei contando por impulso, e Gregory sorriu ladino.

Gregory agarrou-me pelo antebraço e praticamente me arrastou pela cobertura, me levando para o canto do espaço.

-Ohana: Aí, Greg! - gritei com ele quando sua mão
machucou meu braço.

-Gregory: Grávida? - ele perguntou mais alto, depois que estávamos somente nós dois.

-Ohana: Sim! - respondi. - Ja fui a uma consulta, fiz um exame de compatibilidade e quando eu voltar pra San Diego, vamos fazer a fertilização in vitro. Mas Larissa ainda não pode saber.

-Gregory: Ela quer esse bebê? - perguntou, antes de levar a taça com champanhe aos lábios.

-Ohana: Ela não para de falar em ter uma criança comigo. - contei sorrindo ladina. - Ela quer isso mais do que tudo, e eu também quero, Greg.

-Gregory: Isso é uma ótima notícia. - ele disse eufórico, me abraçando. - Eu vou ser titio! - ele sorriu.

-Ohana: Sim, você vai ser! - relatei.

-Gregory: Mas... vocês não planejam se mudar, não é?

-Ohana: Por hora, não pensamos sobre isso. Queremos ter o bebê e nos adaptarmos aos poucos. - fui sincera. - Talvez nem nos mudemos.

-Gregory: Ótimo, isso é bom. - fôra sincero.

Greg colocou-me alguns fios atrás da orelha e encostou-se na pilastra, enquanto tinha os braços cruzados e uma não segurando a taça.

-Gregory: Lembra quando nós três surfávamos? - ele questionou. - Você voltava toda vermelhinha, completamente queimada. Porque insistia em usar apenas o biquíni.

-Ohana: Sim, e você odiava isso. - eu sorri.

-Gregory: Sinto falta disso... - ele disse. - Vicente vai voltar com a gente, o que acha de tentarmos?

-Ohana: Gregory... - chamei e ele revirou os olhos. - Isso foi na infância.

-Gregory: Até sua noiva perdoou ele, tenta... por favor. Pelo significado que um dia tivemos. - ele pediu e eu fiquei pensativa. - Você discorda das ações dele assim como eu. Mas eu o amo, e você também.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora