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Ohana:

Depois que chegamos, ela seguiu-me até a parte mais baixa, que dava literalmente acesso a água. Sentou-se comigo, e respirou fundo, enquanto permanecia a olhar a vista. A maré estava alta, o mar fazia barulho, e estava escuro. Medianamente escuro, porque as iluminações adequas a decoração da casa, mantinha o ambiente frequentável a qualquer hora.

-Ohana: Você não abre a boca então eu comprei o que achei que comeria

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-Ohana: Você não abre a boca então eu comprei o que achei que comeria. - eu disse e ela olhou-me. - No café da manhã você não comeu nada animal... nem no almoço, então presumi que era vegana. Suponho.

Ela olhou em volta, por alguns longos segundos. Parecia buscar a convicção de que estávamos a sós. Não podia ser vista falando comigo e eu entendia isso. De fato entendia, meu pai era um completo bárbaro.

-Larissa: Acertou. - ela sorriu fraco. - Gosta de me observar, é?

-Ohana: Ah... você também é convencida? - foi inevitável não sorrir, e ela acabou por fazer.

Entreguei a ela, que agradeceu paciente. Ficamos ali em silêncio, quase sempre em silêncio. Tinham mais seguranças na casa, mas ela era a minha... então, eu estava segura independentemente de tudo ao ver deles, e isso os mantinha longe. E eu a tinha sozinha comigo. Eu não sabia o porquê, mas eles confiavam muito nela.

-Ohana: Você tem um leve sotaque... - soei paciente. - De onde veio?

-Larissa: Não posso falar nada que seja pessoal. - era uma das regras do meu pai.

-Ohana: Ele não está aqui... - toquei seu ombro de leve. - Para... é só você e eu. Hum?

-Larissa: Bem que ele disse que você era insistente... - ela respirou fundo. - E convincente.

O mexer no jardim fez ela levantar-se rapidamente e levar a mão a arma, seus olhos buscaram por todo o perímetro e calmamente levei a mão até a sua, fazendo-a recuar e nem se quer buscar o objeto em sua cintura.

-Ohana: É só o Blake. - mencionei, e não demorou muito para que o rottweiler saísse das plantas. - Está tudo bem.

-Larissa: Brasil. - respondeu-me depois de sentar-se novamente, e passarmos alguns segundos em silêncio.

-Ohana: Latina. - soei a medida em que sorri de canto. - Tem quantos anos?

-Larissa: Isso importa?

-Ohana: Eu quero saber. - salientei e ela mordeu o canto do lábio inferior, antes de voltar a olhar pra mim. - Eu faço 19 no mês que vem.

-Larissa: vinte e três. - respondeu baixinho.

Ela ainda era nova, nova demais para fazer o que fazia. E aquilo me surpreendeu, mas não deixei a expressar, poderia soar ofensivo. Bem, nem todas as pessoas nasciam nas condições que eu tinha nascido. Ainda que fossem bem erradas. Ela tinha percebido que eu sentia frio, bem, eu usava roupas nada convencionais para o mediano frio que fazia, graças a brisa. Ela retirou o casaco que usava, e o repousou sobre meus ombro, esquentando-me de certa forma. Enquanto ainda comíamos ali.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora