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Larissa:

Aquela cela cheirava a morte. Eu respirei fundo e me arrependi sequencialmente. Levei as mãos as grades e fitei o trabalho de muitos policiais em suas mesas e o barulho que aquela delegacia tinha. Eu tinha explodido emocionalmente no início da noite e tido uma briga de trânsito, a cerca de 40 minutos atrás.

Eu tinha passado dos limites? Tinha, mas isso já não importava. Culpa daquele motorista burro.

Eu soube que tudo ficaria bem quando a loira passou pela porta, usando Versace e exalando domínio do lugar. Minha tão maravilhosa noiva. Seguida por um advogado bem conhecido, o principal de Yoseph.

-Ohana: O que a minha mulher ainda está fazendo naquela cela? - ela questionou a um dos detetives que não estava tão distante assim das grades. Uma tal de... Benson.

-Benson: Agressão, porte de arma e..

-Ohana: E mais nada, solte a minha esposa. - ela disse com domínio.

Vi o capitão da unidade acenar positivamente lá atrás, encarando a detetive que relutava-se em seguir a ordem.

-Ohana: Vamos... vou levar você pra casa. - ela disse mais aliviada, assim que a detetive chamou um dos guardas.

Sai daquela cela imunda rapidamente. Parecia até um sonho. Ohana me deixou um beijo na testa, estava milímetros mais alta, graça aos saltos altos. E então fitou a bendita detetive, que provocou-a de forma sútil.

-Benson: Engraçado como as regras não funcionam para os riscos e poderosos.

-Ohana: Se está pedindo chuva... vai ter que aguentar a lama. - ela citou um ditado conhecido entre os mafiosos, e eu sorri ladina. - Hum? - aquela era uma bela de uma ameaça.

(...)

O motorista nos levou para casa, e o advogado ficou para retirar o carro da apreensão. Eu levei-me a esboçar apenas um riso sem graça, e Ohana sorriu ainda mais, levando a mão ao rosto.

-Ohana: Como pode? Alguém me dar tanto trabalho assim... - ela disse carinhosa, acariciando meu rosto.

Ohana ajustou o blaser que usava, e então me puxou para acomodar-me em seu corpo. Durante todo o longo caminho de volta para casa. Ohana tinha saído da faculdade a pouco tempo, e depois de chegarmos e termos tomado banho, jantamos juntas na área de lazer próxima a piscina.

-Gregory: E aí... como foi passar uma hora na delegacia? - ele me questionou, aproximando-se e roubando um gole da taça de vinho de Ohana.

-Larissa: Maravilhoso. - fui irônica.

Ohana tocou meu queixo com a ponta do dedo indicador, e trouxe a taça aos meus lábios. Dando-me um pouco.

-Gregory: Chamei uns amigos para irmos a uma balada, Ari e Melissa vão... o que acham? - ele convidou e eu olhei para Ohana.

-Ohana: Vamos? - ela chamou baixinho, sorrindo ladina.

Nos arrumamos pacientemente, visto que era início de noite dada a vida noturna lá fora. Ohana pediu camarote fechado, para que tivéssemos maior privacidade, afinal ela era uma baita famosinha em San Diego, assim como o irmão.

-Ohana: Vamos com o motorista, hum? - ela disse paciente, enquanto me abraçava por trás. - Quero te ver me olhando semicerrado hoje. - ela sorriu, beijando meu pescoço.

(...)

Assim que adentramos a balada, Ohana me colocou a sua frente, e enquanto eu guiava-nos em meio ao espaço lotado, segurava uma de suas mãos, e sentia a sua outra em minha cintura.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora