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Ohana:

Fiquei com o papai naquela área perto da cabana, enquanto Larissa se afastou para conversar com Gregory. Ela era a única que tinha uma relação mais próxima com ele, sem ter laço sanguíneo. Se davam bem, antes mesmo de eu conhecê-la.

-Yoseph: O que? Vai ficar me encarando? - ele questionou irritadinho e eu respirei fundo.

Já bastava o Gregory, agora ele também?

-Ohana: Está bravinho também? - questionei inquieta e ele engoliu em seco.

-Yoseph: Quase todos estamos, menos você. - ele respaldou.

-Ohana: Larissa está bem... Joe está bem. - relatei e ele sorriu ladino, como se eu fosse uma idiota.

-Yoseph: Larissa está bem? - ele sorriu olhando-me. - Se não tem capacidade para distinguir quando a sua noiva está bem ou não... sabe-se lá para que tem.

-Ohana: E o que você ver de diferente que eu não vejo? - questionei confusa, irritada por aquilo.

-Yoseph: Larissa não é o tipo de pessoa que acorda mal e fica o dia todo na cama... - ele soou ríspido, a medida em que se aproximava cada vez mais de mim. - Ela é do tipo que levanta, tortura e machuca homens enquanto fica brincando de roleta russa.

Eu sentei-me no banco amadeirado que tinha naquele gramado e perdi completamente a percepção que vinha tendo sobre ela. Papai sorriu frustrado e agachou-se, pondo as mãos sobre minhas pernas e olhando em meus olhos.

-Yoseph: Ela não está bem. - disse baixinho. - Não está bem desde que foi torturada naquele buraco infeliz. Eu juro por Deus que vou matar aquele bastardo do Martinelli... se o ver outra vez.

Levantei-me e levei as mãos ao rosto. Seja lá o que estivesse acontecendo eu não tinha o mínimo conhecimento.

-Yoseph: Pergunte ao Joe o que ela fez esta manhã, depois que deixou você na faculdade. E aí vai concordar comigo. - ele foi paciente.

(...)

Estava no quarto quando ela retornou, depois de ter conversado com Joe assim como meu pai havia me instruído. Ela tinha machucado alguns homens, mas não tinha matado-os, ainda bem. Ela parecia tranquila, deixou-me um selinho e retornou para fechar a porta, depois que pedi a ela que fizesse isso.

-Ohana: Senta aqui... - pedi baixinho, e então e ela sentou-se na cama, cruzando as pernas assim como eu. - Tem feito as terapias?

-Larissa: É... começamos e está tudo bem. - ela disse paciente, como me enganava tão facilmente?

Respirei fundo e engoli em seco. Larissa me olhou confusa e eu sorri completamente desacreditada.

-Ohana: Eu soube o que fez essa manhã. - eu disse baixinho, enquanto segurava suas mãos.

Dizer aquilo foi o suficiente para que ela desviasse o olhar do meu. Quando tornou a me olhar, vi seus olhos castanhos terem as pupilas dilatadas e marejarem. O que se passava na sua cabeça? O que estava acontecendo, que eu não sabia?

-Ohana: Meu amor... me conta... - pedi baixinho.

-Larissa: Não posso. - ela respondeu baixinho, ainda paciente.

-Ohana: Eu amo você, isso não vai mudar. - eu respaldei paciente, e ela engoliu em seco.

Eu sabia que Larissa se abria comigo. Lá fora ela era alguém completamente diferente, mas comigo não. Comigo ela era ela mesma. Não existia toda aquela regalia de se manter séria, e gélida.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora