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Ohana:

Aquela consulta demorou um pouco. Aprofundamos mais sobre o assunto. Os exames necessários, os cuidados para que teríamos de ter. Afinal de contas, eu só tinha 19 anos. Acabou que no fim, eu só tive a mais convicta certeza de que sim, eu queria ter essa criança com ela.

Larissa já tinha essa certeza, continuamente vínhamos falando sobre esse assunto. E bem, eu queria fazer desse momento especial, uma surpresinha pra ela. Decidi que daria início as consultas semanais e que faríamos isso assim que possível. Eu passaria a vir às consultas com Viviane, assim, Larissa não desconfiaria. E claro, eu ainda tinha de conversar e deixar tudo às claras com o meu pai.

-Yoseph: Estaciona esse carro direito. - ele reclamou quando estacionei na entrada da garagem e almejei sair do carro. - Se eu quiser sair vou ter que esperar você, a bela, vir aqui e tirar?

-Ohana: Claro! - esbocei e ele me olhou semicerrado.

Depois que estacionei corretamente, em um espaço que não atrapalharia, sai do carro e meu pai me acompanhou até o interior da garagem. Tinha um rapaz, trocando um pneu da Urus, e papai estava ali o observando.

-Ohana: Podemos conversar? - pedi baixinho e ele assentiu. - A sós. - ele sorriu ladino e me chamou para o interior de um carro estacionado na garagem.

Papai ligou a Ferrari, e o ar-condicionado, ainda que estivesse frio lá fora.

-Yoseph: Pode falar. - ele disse tranquilo, colocando-me alguns dos fios loiros atrás da orelha, apenas com o dedo indicador.

Respirei fundo e me vi preparada para aquilo. Ele não se colocaria em posição negativa, mas ter seu apoio era essencial pra mim.

-Ohana: Você sabe que a Lari é o amor da minha vida e que eu vou me casar com ela. - ele assentiu. - E sabe que um dia... vamos formar uma família.

-Yoseph: Hum? Isso é óbvio. - ele sorriu.

-Ohana: Eu... conheci um médico, essa manhã. - eu disse baixinho e ele permaneceu me olhando paciente. - Especializado em fertilização in vitro. Eu me consultei com ele, e tenho pensando junto com a Lari, em termos um bebê.

-Yoseph: Ótimo, eu vou ter um neto... ou uma neta. - ela sorriu feliz, e beijou minha testa. - Jura?

-Ohana: Juro! - aquilo tinha sido melhor do que eu esperava.

-Yoseph: Pensa só... vocês vão ser as mães que os amigos dele ou dela, vão paparicar. - ele sorriu idiota e eu levei a mão ao rosto.

-Ohana: Para! É sério! - eu sorri e ele me puxou pra um abraço ladino.

-Yoseph: Ela sabe dessa consulta?

-Ohana: Não. Só quero contar quando estiver finalmente grávida. - eu disse convicta e ele assentiu.

-Yoseph: Ótimo, enquanto isso posso acompanhar você nas consultas?

-Ohana: Eu estava pensando na Viviane.. - fui sincera e ele assentiu.

-Yoseph: Tudo bem. - ele foi compreensivo.

-Ohana: Mas eu quero que você vá também. - segurei a mão gélida dele e ele sorriu ladino.

-Yoseph: E o ano sabático? Seria essencial agora... - ele colocou em pauta o que queria que eu fizesse, a meses.

-Ohana: Vou fazer isso.

Tínhamos concordado em manter aquilo em sigilo. Entrei no elevador e sai no interior da casa. Miguel estava treinando com um novo treinador, e Gregory tinha decidido acompanhá-lo no primeiro dia. O garoto estava meio inseguro, dado a tudo que passou com seu último treinador. Por tanto, sempre teria alguém para acompanhá-lo. Fôssemos nós família, ou qualquer outro segurança que confiássemos.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora