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Ohana:

Só fui para quarto depois de tomar banho e tirar todo aquele maldito sangue do meu corpo. Aproveitei pra jogar aquelas roupas que usava, no lixo. Eu não queria vê-las mais. Substitui pelas de Larissa, visto que eu estava no seu quarto.

-Yoseph: Eu soube o que fez. - ele disse assim que me viu no corredor. - Com o herdeiro italiano em princípio.

-Ohana: Eu estou obcecada, estou viciada... - eu disse baixinho, ainda atônita. - E eu ultrapassei com prazer todos os limites da nossa honra, se isso significa tornar aquela mulher... minha. - apontei para meu quarto, ressaltando Larissa.

-Yoseph: Devolverei Martinelli aos italianos no fim do dia. - ele dissera. - Você e os gêmeos já se divertiram o suficiente.

-Ohana: Não importa... - respaldei ao chegar a porta do meu quarto e levar a mão a maçaneta. - Eu não irei parar, até mata-lo... um dia.

E então, fui para o meu quarto, onde os olhos castanhos e atenciosos me buscaram assim que abri a porta.

-Larissa: São sete da manhã e você está de cabelo molhado... - ela disse baixinho. - E usando as minhas roupas.

Aproximei-me aos poucos e sentei-me na ponta da cama, medianamente distante dela. O que a fez olhar-me estranho.

-Larissa: Eu... fiz algo de errado? - ela sorriu idiota. - Espera... deixei de fazer? Porque eu mal saio daqui. - ela tentou sentar-se e a vi engolir em seco, soltando um quase inaudível: "aí".

Sentei-me então ao seu lado, e ela derreou-se outra vez, apoiando seu corpo ao meu. Deitando sua cabeça em meu ombro, onde sutilmente selei um beijo no topo da sua cabeça.

-Ohana: Não fez nada de errado, nem deixou de fazer. - respaldei.

-Larissa: Onde você foi? - ela perguntou dengosa e eu sorri ladina, eu adorava aquele seu jeito único comigo.

-Ohana: Garantir que nada daquilo acontecesse outra vez. - sussurrei baixinho, e outra vez ela se moveu, abraçando-me lateralmente.

Esperei ela tomar banho, refizemos os curativos juntas, e então caminhamos um pouco pelo gramado, era manhã, estava nublado e aparentemente choveria o dia todo. Depois tomamos café da manhã juntas e sozinhas, na varanda.

-Viviane: Está melhor? - a morena questionou ao passar pela varanda externa da casa e notar-nos ali.

-Larissa: Sim... um pouco. - ela sorriu ladina ao responder, e Viviane pressionou de leve seu ombro.

Viviane ficou um pouquinho com ela enquanto eu me atentei ao telefonema. Larissa estava com dificuldades em atos simples, desde que tinha sofrido tudo aquilo, desde caminhar ou até mover-se na cama. Então optamos por uma fisioterapia em casa, por pelo menos alguns dias, até que tivesse uma melhora adequa. E algumas sessões de liberação muscular.

Acompanhei a fisioterapeuta até o meu quarto, onde ela deu início ao tratamento de curta data com Larissa. Deu pequenos estímulos ao corpo, para que ela voltasse a se readaptar com o básico. Larissa tinha lesionado muito o corpo, tinha sido um trauma físico. Depois de finalizar, a médica instruiu a mim e a ela sobre o que podíamos fazer diariamente. Visto que a presença dela seria somente três dias na semana. Fomos instruídas a também ter que fazer alguns exames médicos, para tirar de pauta alguma possível infecção ou inflamação, e aí tratar como um trauma dado ao estresse muscular sofrido.

-Larissa: Vou acabar dormindo de novo... - ela sussurrou.

Estava deitada de bruços, sem camisa ou qualquer peça íntima superior. Eu tateava suas costas vagarosamente, pela região não machucada, acariciando espontaneamente. Inclinei-me o suficiente para selar alguns beijos por ali, o que levou-a sorrir.

Í𝔫𝔣𝔦𝔪𝔬 𝔡𝔢𝔩í𝔯𝔦𝔬 - ᴏʜᴀɴɪᴛᴛᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora