(Vol. IV) Ano III p.e. ⎥ Irmãos de sangue.

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A estação de trem era completamente comum como qualquer outra

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A estação de trem era completamente comum como qualquer outra. Um enorme prédio de tijolos sólidos rodeado por trilhos de trem, ironicamente chamado de terminal e inspiração direta para o seu título "Terminus".

Entretanto, o lugar estava completamente adaptado para que uma comunidade de pessoas vivesse em total segurança. Galpões com refeitórios, pátios com cultivos e várias pessoas transitando calmamente em um clima parecido com o do nosso antigo lar, a Prisão.

Bom, talvez ter vindo até aqui não fosse uma ideia tão ruim assim.

Os habitantes eram silenciosos e discretos. Conversavam baixo e se movimentavam em seu próprio tempo. Como um verdadeiro santuário que merecia respeito.

Lauryn nos levou até uma das salas mais ao sul do lugar, aonde fomos guiados para dentro de um cômodo não muito grande e fomos apresentados à um homem que se intitulava como um médico cardiologista antes dos mortos se levantarem contra os vivos.

A sala tinha paredes beges deterioradas pelo tempo, mas os instrumentos como maca, insumos médicos e objetos hospitalares eram completamente em bom estado.

O homem, chamado de doutor Lockwood, espetou um soro direto em minha veia e me explicou que a combinação de vitaminas me manteria hidratada enquanto repunha os nutrientes de volta em meu corpo. E ele parecia ter razão, já que aos poucos eu começava a me sentir um pouco melhor.

Eu me encontrava sentada sobre a maca enquanto Carl permanecia de pé ao meu lado como um bom vigia desconfiado. Tive que passar pelo mesmo processo doloroso para retirar aquelas bandagens velhas, o que acabou causando um novo sangramento, mas também recebi uma das injeções que ajudava a estancar hemorragias.

Logo em seguida, a camiseta levemente rasgada que eu ainda vestia deu espaço suficiente para que o médico analisasse o ferimento recente, ao mesmo tempo em que o top usado por baixo não me deixava totalmente exposta para todos eles.

— Foi um machucado bem feio, se quer saber. — O doutor Lockwood comentou enquanto fazia uma limpeza dolorosa na carne aberta. — Mais um pouco para cima e teria acertado uma artéria importante no pescoço. — Acrescentou ao ficar levemente curvado em direção ao meu peito.

— Ele não tinha a intenção de me machucar. — Falei brevemente ao morder os meus lábios de um jeito doloroso, tentando aplacar a dor horrível que se acentuava cada vez mais, porém era necessária.

— Como alguém consegue levar uma facada sem ser de propósito? — O médico questionou em tom de riso ao se afastar e procurar por coisas na bandeja metálica sobre a mesa ao lado da cama.

— É uma longa história! — Disse apenas isso enquanto mirava meus olhos em direção a Carl. Não queria que o garoto passasse pelo trauma de acessar as memórias do pai enlouquecido daquela forma.

O menino encarava com atenção cada passo que o doutor acrescentava sobre o machucado com uma seriedade sempre alerta. E se mantinha concentrado como se estivesse planejando rotas de fuga em sua mente, caso fosse preciso.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora