STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead

(Vol. VI) Ano IV p.e. ⎥ Coisas.

Peguei a minha arma de cima da grande pia de mármore com detalhes dourados e voltei a guardá-la no coldre ao lado do meu quadril. Fazendo o mesmo com a faca de caça na bainha do outro lado e rapidamente comecei a amarrar todo o meu cabelo atrás da minha cabeça, formando um pequeno "rabinho" por já estar comprido o bastante para isso.

Observei a minha própria imagem através do espelho uma última vez. Suspirei e me afastei em direção a porta que me levaria de volta até o quarto no cômodo seguinte. A abrindo e percebendo que Rick, Michonne e Glenn eram os únicos ainda presentes naquele cômodo, parecendo conversar enquanto ainda se arrumavam.

— Maggie ainda está conversando com o "chefe"? — Falei a última palavra com sarcasmo ao me referir a maneira como Gregory se referia a si mesmo.

— Está. — Glenn respondeu ao revirar novamente o casaco azul de tecido fino que estava do avesso, antes de vesti-lo em seu corpo, sobre a sua camiseta branca.

Eu acabei girando em meu próprio eixo e me virei rapidamente em direção ao xerife próximo a cama.

— Permissão para explorar, senhor! — Pedi em direção a Rick enquanto fazia um teatrinho mais escrachado batendo uma continência ridícula e fazendo uma voz mais rouca.

O xerife acabou lançando um sorriso irônico em minha direção enquanto seus olhos se estreitavam e ele os desviou para verificar a munição em seu Colt.

— Abraham e Daryl já estão lá fora. — Rick avisou ao me explicar a falta dos outros dois homens do nosso grupo. — Você pode procurar por eles e avisar que nos reuniremos assim que a conversa de Maggie e Gregory tiver acabado. — Gesticulou levemente com o seu queixo em direção a porta de saída do quarto.

Apertei os meus lábios ao assentir em concordância para o xerife e então me afastei com passos despreocupados em direção a porta quando virei as minhas costas para todos. Finalmente alcançando o corredor por onde Jesus havia nos levado e observando com cautela o ambiente em volta.

Voltei a fechar a porta do quarto e encarei aquele corredor olhando de um lado para o outro com dúvidas.

Parecia meio óbvio que todas aquelas portas estavam ocupadas por pessoas... por famílias... conforme Jesus havia explicado, mas o silêncio ainda era o detalhe mais marcante daquela mansão. Me fazendo crer que provavelmente eles estavam longe dos seus dormitórios. Ocupados com suas atividades.

Comecei a caminhar de forma macia através de um tapete no centro do corredor como uma passarela. Um carpete persa vermelho, aveludado e extenso de aparência muito antiga. E mirei o meu olhar exatamente no alto, nas paredes adornadas com belíssimas obras de arte que contavam uma história particular.

Deixei que as pontas dos meus dedos tocassem levemente as molduras elevadas e douradas que circulavam as imagens; sentindo a camada grossa das telas cheias de tinta envelhecida. Não tendo pressa em meus passos arrastados enquanto observava cada ilustração mordendo meus lábios.