(Vol. IV) Ano III p.e. ⎥ Sabor da morte.

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O último parafuso havia saído daquela maçaneta e agora eu precisava conseguir retirar toda a peça metálica que prendia o ferrolho da chave

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O último parafuso havia saído daquela maçaneta e agora eu precisava conseguir retirar toda a peça metálica que prendia o ferrolho da chave.

— Estou quase lá. — Avisei ao garoto para que ele ficasse preparado para qualquer coisa.

Foi quando começamos a ouvir o som de tiros sendo disparados distantemente como pequenos estouros zumbindo para todos os lados.

— Merda! — Xinguei me virando em direção a janela basculante reforçada ainda estando de joelhos no chão. — E se forem eles? — Perguntei ao garoto demonstrando uma expressão preocupada.

Carl correu em direção a mesinha de cabeceira abaixo da janela, subiu sobre o móvel com rapidez e tentou observar o espaço do lado de fora, praticamente se pendurando ali.

— Não dá pra ver nada! — Resmungou ao estalar os seus lábios e virar-se em minha direção com frustração novamente.

— Ok, vamos nos concentrar em sair daqui e procurar por eles! — Continuei focada na maçaneta desmontada quando Carl voltou a pular sobre o chão e veio até ao meu lado de novo.

Consegui arrancar a última peça e torci o ferrolho para trás o suficiente para fazer a porta se abrir levemente. O que acabou me arrancando um grande sorriso orgulhoso.

Fiquei de pé com ansiedade, mas o movimento pareceu rápido demais para o meu corpo fraco e eu acabei cambaleando um pouco, fazendo Carl tentar me segurar o máximo que pode para a sua força.

— Você está bem? — O menino perguntou abrindo os seus olhos de maneira assustada.

— Ainda estou um pouco zonza. — Expliquei me estabilizando de novo. — Mas não temos tempo para isso. Precisamos saber se eles estão tentando se defender! — Lembrei respirando fundo, como se precisasse de um incentivo mental e então abri uma leve brecha da porta para verificar o corredor.

Tudo pareceu bizarramente vazio como um espaço liminar e por isso começamos a sair praticamente colados nas paredes do corredor com grande cautela.

— Só atire se for muito necessário. Talvez precisemos de todas as balas. — Cochichei para o garoto enquanto Carl caminhava logo atrás de mim e ele assentiu empunhando a sua arma em mãos.

Começamos a seguir em direção a primeira porta naquele corredor após o nosso quarto. Eu estava na frente e por isso fui a primeira a girar delicadamente a maçaneta, na esperança de testar se estava trancada, ou se havia alguém lá dentro.

Para a nossa surpresa, ela estava aberta.

Observei a brecha de entrada mais uma vez e tentei analisar o que havia ali dentro. Tudo o que pude ver foi uma enorme sala do tamanho de uma grande garagem e várias mesas enfileiradas uma do lado da outra, como se fosse um grande depósito, já que também havia dezenas de objetos organizados sobre elas.

— Parece um inventário. — Sussurrei para Carl assim que me arrastei para dentro do cômodo e fui seguida prontamente pelo garoto, que fechou a porta logo em seguida.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora