(Vol. V) Ano III p.e. ⎥ Bandagens.

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Subi aqueles degraus de volta para a enfermaria com grande expectativa

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Subi aqueles degraus de volta para a enfermaria com grande expectativa. Queria com todas as minhas forças que Tara estivesse acordada assim que eu voltasse para aquele cômodo, que os seus olhos brilhantes estivessem abertos e o seu sorriso infantil estivesse repleto de piadinhas...

...Mas não foi isso o que aconteceu.

Entrei na enfermaria e me deparei com a mesma cena da Chambler ainda desacordada sobre uma maca com uma faixa enrolada na cabeça. Porém, o cenário possuía detalhes diferentes.

Rosita estava de pé próxima ao balcão cheio de armários e prateleiras. A garota escrevia alguma coisa em uma prancheta com seriedade.

Eugene ainda estava ao lado da cama, exatamente como eu havia o deixado, mas agora ele tinha a companhia de um homem ruivo claramente desconfortável. Afinal, era meio óbvio, Abraham tinha os ombros tensionados e encolhidos como se estivesse sendo obrigado a sentar naquela cadeira.

Eu entendia muito bem a situação se desdobrando ali. Talvez, aquela tenha sido a primeira vez que o falso doutor e o ex-militar estivessem lado a lado em uma conversa pacífica. E alguma coisa me dizia que isso tinha o dedo de Rosita.

— Boa tarde, pessoal... — Entrei rapidamente e me aproximei da cama de Tara após fechar aquela porta. — Como ela está? — Questionei tomando a minha cadeira perto dos seus ombros de novo.

— Estabilizada. — Rosita me respondeu de forma calma ainda debruçada naquele balcão.

— Mas ainda desacordada. — Abraham respondeu com uma expressão muito séria.

— O que é ainda mais preocupante. — Eugene o completou com tranquilidade. — Se Tara não sacudir a poeira e dar a volta por cima, provavelmente as suas necessidades básicas vão puxá-la pelos pés e o seu corpo vai entrar em colapso. — Explicou como um mau agouro terrível.

— Não faço a menor ideia do que você 'tá' falando, mas é melhor você calar a boca! — Ralhei um pouco incomodada com a ideia de que a garota não conseguisse voltar daquele coma infernal.

Contudo, os meus olhos bravos desviaram por cima dos ombros de Eugene por um breve momento e acabei percebendo que o leito aonde Reg estava antes agora permanecia completamente vazio.

— Oh, meu Deus! Ele morreu? — Perguntei abrindo os meus olhos com exasperação ao praticamente incitar o choque entre todos ali, que olharam na mesma direção que a minha.

— Não! Pete deu alta pra ele. — Rosita respondeu franzindo o cenho como se me repreendesse pelo susto. — Os filhos dele levaram ele pra casa. — Voltou a escrever naquela prancheta de novo.

Um suspiro aliviado rasgou os meus pulmões quando tentei dizer ao meu corpo que o ataque cardíaco não era necessário. Tentei acalmar os meus nervos ao perceber que o peso da morte de Reg em minhas costas estava cada vez mais distante e considerei visitá-lo assim que fosse possível.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora