(Vol. V) Ano III p.e. ⎥ Honra.

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A minha posição confortável acabou aumentando o meu peso contra o peito do caçador

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A minha posição confortável acabou aumentando o meu peso contra o peito do caçador. Eu ainda não estava dormindo completamente, podia ouvir as conversas banais e despreocupadas dos outros ao nosso redor como ruídos distantes, e apesar de sentir o sono e o cansaço, eu não queria dormir. Não queria deixar de sentir os seus dedos afagando a minha nuca tão lentamente à ponto de se tornar quase imperceptível.

Mantive os meus olhos fechados enquanto sentia o meu corpo começando a suar com as nossas temperaturas próximas. A sua respiração baixa parecia um carinho aos meus ouvidos. E eu queria guardar aquele momento para sempre, segurá-lo o mais forte que fosse possível.

Entretanto, como se chegássemos à meia noite, um mal-estar repentino fez o jantar revirar em meu estômago de modo abrupto. Apertei meus lábios quando senti a ânsia puxar a minha língua para trás e o meu abdômen doeu drasticamente como se eu estivesse carregando uma pedra pesada sobre ele.

O desconforto me fez esboçar uma careta e tentei mudar a minha posição para impedir de vomitar tudo o que havia comido, mas o movimento acabou sendo mal calculado quando a minha mão bateu estupidamente sobre os pontos suturados acima dos meus seios.

Como um choque rápido, arfei de dor e me sentei novamente para longe dos seus braços. Levando instintivamente uma das mãos até o ferimento e esperando que ele parasse de latejar com o toque suave.

— Por que você foi lembrar do lance do chilli? — Resmunguei brava e manhosa quando mirei os meus olhos sonolentos em direção ao caçador que havia ficado atrás de mim por culpa do movimento.

Cocei os meus olhos enquanto a ânsia queimava a minha garganta como se eu fosse desperdiçar toda a comida a expulsando para fora. E agora eu culpava o fato de o caçador ter me lembrado sobre aquela antiga história. Esbocei uma careta de dor realmente sincera.

— Como está isso aí? — Ele ignorou as minhas reclamações e direcionou o seu olhar para a mão que eu ainda mantinha sobre os pontos cicatrizando abaixo da minha camiseta.

Não respondi nada. Apenas me curvei levemente em sua direção e abaixei a gola para que ele pudesse analisar com seus próprios olhos. E não parecia uma surpresa quando o homem franziu o seu cenho e segurou a gola com os dois dedos para ver melhor através da penumbra daquela iluminação precária.

— Isso tá feio pra cacete... — Resmungou impaciente quando soltou o tecido e levou os dedos contra os lábios ao apoiar o seu cotovelo sobre o joelho dobrado. Mordendo a sua bochecha algumas vezes de modo preocupado e me olhando com aqueles olhos cheios de inquisição.

— Não é como se eu pudesse ir até ao médico fazer uma consulta. — Lembrei soltando toda a minha respiração de modo cansado e pessimista ao afastar a mão do peito e me virar de frente em sua direção. — A não ser que você tenha alguma medicação junto com a sua "flauta mágica". — Zombei abrindo um sorriso malicioso enquanto tentava provocá-lo para desmanchar aquela carranca se formando em seu rosto.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora