STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead

(Vol. V) Ano III p.e. ⎥ Em busca do Norte.

Desci os degraus de volta até a rua asfaltada ao beber a cerveja e comecei a seguir o caminho que eu já sabia que iria me levar até a casa de Aaron. Retirando aquela bússola do meu pescoço com agilidade e respirando fundo algumas vezes quando o gosto peculiar da bebida se misturou ao ar em meus pulmões.

Finalizei a cerveja e deixei a garrafa sobre as cercas de alguma casa qualquer sem qualquer tipo de preocupação. Não estava no clima para ser uma boa vizinha.

Os sapatos incomodando os meus calcanhares me levaram até a varanda de Aaron e eu bati contra a sua porta algumas vezes para chamar a atenção de alguém lá dentro.

Não demorou para que a porta fosse aberta e me permitisse ver o homem loiro usando uma tala ortopédica, que eu conhecia muito bem, e muletas para se equilibrar. Era Eric.

— Heidi! Oi! — Cumprimentou de um jeito simpático quando se estabilizou com aquelas muletas e abriu a sua porta de forma mais completa. — Está indo para o jantar de Deanna? — Perguntou ao me ver vestida daquela forma tão arrumada. E só então eu pude notar que a estampa do meu vestido era exatamente igual a estampa da camisa que ele estava vestindo.

— Estou vindo de lá, na verdade. — Assenti de um jeito meio tímido e engoli em seco para tentar ter mais coragem. — E nós poderíamos formar uma dupla de dança de salão fácil, fácil. — Debochei ao apontar para a sua camisa e só então Eric percebeu que eram da mesma estampa, começando a rir logo em seguida, concordando.

— Uma dupla perfeita. Se não fosse o tornozelo. — Ponderou assentindo algumas vezes. — Mas me diga, posso ajudá-la em alguma coisa? — Questionou prestativo e se tornando um pouco mais preocupado.

— Na verdade, eu queria saber se Aaron está em casa. Precisava entregar algo para ele. — Avisei apertando os meus lábios de um jeito mais tímido quando meus olhos desceram para aquelas muletas e para longe dos seus, um pouco confusos.

— Ahm, Aaron não está em casa, querida. Sinto muito. — Contou apertando os seus lábios com pesar. — Ele saiu mais cedo para caçar alguns coelhos e ainda não voltou. Mas tenho certeza que ele já está voltando, afinal, já vai escurecer. — Comentou olhando para o céu de fim de tarde ainda claro. — Não quer entrar para esperar? — Convidou gesticulando para dentro da casa ao soltar levemente aquela muleta.

— Não, eu não quero incomodar. Eu só queria entregar isso pra ele. — Estiquei a bússola em sua direção com pressa antes que perdesse a coragem e deixei o objeto dentro de sua palma quando ele a abriu.

— Ah! Você a encontrou! — Mostrou-se animado quando a pegou de minhas mãos e olhou automaticamente aquelas letras gravadas atrás do objeto. — Por um segundo, pensei que nunca mais a veria de novo. — Riu baixinho quando se mostrou mais animado. — Tenho certeza que ele vai ficar feliz. Obrigada, Heidi. — Agradeceu amistoso quando seus olhos castanhos voltaram em minha direção de novo.

— Sem problemas. — Respondi dentro de um sussurro quando dei alguns passos para trás e tentei me despedir.

— Mesmo assim, eu insisto, não gostaria de ficar para o jantar? — Convidou levantando a sua mão como se tentasse me segurar em frente à sua porta. — Estou preparando uma macarronada e teremos coelho, se o meu marido tiver sorte. — Brincou dentro de um riso divertido.