(Vol. V) Ano III p.e. ⎥ Fronteiras.

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O asfalto sinuoso se abria à nossa frente com curvas e folhas por toda a sua extensão

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O asfalto sinuoso se abria à nossa frente com curvas e folhas por toda a sua extensão. Não havíamos esbarrado em nenhuma viva alma até aquele momento, o que poderia ser considerado sorte nos dias de hoje, e encontramos apenas alguns dos mortos-vivos ainda se arrastando como moribundos pelo caminho. Com rosnados famintos e corpos apodrecidos.

O crepúsculo já estava tornando o céu levemente lilás e laranja quando finalmente avistamos uma pequena cidade interiorana de aparência turística e bastante rústica. Parecia uma daquelas cidadezinhas históricas onde tudo era feito de madeira, com passeios de pôneis e homens vestidos de cowboys, mas no momento estava completamente destruída e abandonada.

Quando alcançamos o centro, pude perceber um pequeno canteiro no meio fio que agora não guardava mais um jardim bonito na frente das lojas como parecia ser antes. Tudo era apenas um caminho de terra escura sendo adornado por laterais finas feitas de concreto, mas foi o suficiente para me fazer subir sobre ele e começar a me equilibrar sobre o caminho estreito como uma criança de cinco anos.

Me senti completamente frustrada quando não consegui completar o objetivo e caí logo no início.

Tara observava as minhas ideias como se fosse outra criança levada e o meu pulo de volta no chão foi o suficiente para fazê-la se aproximar de mim e me oferecer a sua mão.

Seria muito mais fácil completar aquela missão com o apoio do seu corpo. E foi isso o que eu fiz. Subi novamente sobre o canteiro e passei a caminhar sobre ele de maneira muito mais fácil enquanto ela segurava e apoiava a minha mão para que eu não caísse.

Um sorriso mais divertido escapou por meus lábios quando apertei a sua mão com força ao me desequilibrar e tentando não cair. Ela acabou rindo de volta quando me percebeu agitada pelo susto.

— Precisamos encontrar um lugar para passar a noite. Vai escurecer logo. — Glenn estava à nossa frente e comentou enquanto entravamos ainda mais no centro, observando com cautela as lojas destruídas em volta.

— Mas será que o "G.I. Joe" ali vai topar fazermos uma parada? — Perguntei falando baixo para que Abraham não nos escutasse no início daquela fila e dei um pequeno pulo de volta ao chão no final daquele canteiro. — Ele mal nos dá dez minutos de descanso. — Reclamei ao esboçar uma careta de dor e levar a mão sobre a sutura debaixo da roupa depois de pular para o chão, ao lado de Tara, novamente.

Levantamos nossas armas em direção à uma das lojas quando ouvimos o som de latas de lixo sendo reviradas, mas ficamos observando quando Abraham simplesmente se aproximou de um dos mordedores que se levantou na calçada e veio até nós com seus dentes à mostra e rosnados enlouquecidos.

O ruivo acabou acertando o rosto do homem apodrecido com a coronha da arma, o fazendo cair no chão de maneira rápida e então ele teve o seu crânio estourado por três golpes profundos dados pelo sargento.

— Heidi, quer um conselho de amigo? — O asiático perguntou de modo sério e sombrio quando vimos os miolos daquele morto serem espalhados pelo concreto cinza daquela calçada. — Nada de apelidos por aqui, ok? — Pediu lançando um olhar muito sério e convincente em minha direção. Fazendo Maggie e Tara me olharem com preocupação também.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora