(Vol. V) Ano III p.e. ⎥ Ente...rr...no...as...

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O som de um alarme de carro soou dentro da cidade morta

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O som de um alarme de carro soou dentro da cidade morta. E começou a se tornar cada vez mais alto, até parecer perfeitamente como tal. Mostrando que também se aproximava rápido daquele local. Aquele era um evento quase milagroso, sabendo que não víamos uma pessoa viva há semanas.

Eu me afastei um pouco de Anton e me aproximei da entrada do beco para a outra rua. O alarme do carro ficou ensurdecedor e se uniu ao som de um motor potente de um carro de luxo, provavelmente. Foi quando eu tive a visão mais insana desde quando os mortos se levantaram das suas covas.

O carro vermelho esportivo de aparência bonita subiu pela rua e freou bruscamente em frente à entrada do shopping ainda soando aquele maldito alarme. Eu não conseguia ver quem estava dirigindo, mas notei que ele sabia muito bem o que fazia. Já que freou por alguns segundos, levou o carro mais para frente e de repente dezenas de mordedores pularam sobre o automóvel como loucos.

Não demorou muito para que alguns daqueles monstros me percebesse ali e começassem a vir em minha direção com suas mãos estiradas e dentes podres à mostra. Dezenas!

— Que porra é essa? As trombetas do apocalipse? — Anton perguntou sem entender o que eu tinha acabado de ver.

— Sobe! — Gritei desesperada, sentindo os monstros bem nos meus calcanhares. E Anton os percebeu também, já que notei seus olhos se arregalarem de medo ao encarar por cima das minhas costas.

— Vem! Vem! Vem! — Ele gritou em desespero, se recusando a subir primeiro do que eu.

Alcancei as escadas ouvindo os mortos-vivos rosnando em minha nuca. Anton levou suas mãos até a minha cintura na esperança de me fazer subir mais rápido, porém era impossível! Era uma escada vertical feita de ferro fino que daria para subir apenas uma pessoa por vez e, naquele desespero, acertar com mais velocidade os degraus tão deteriorados era um desafio ainda maior.

Nós dois começamos a subir em pânico enquanto ainda podíamos ouvir o som do alarme de carro se afastando pela cidade. E isso fez com que mais mortos-vivos se amontoassem no início da escada. Entretanto eles ainda não haviam dado um jeito de subir, apesar de se pendurarem para isso.

Subimos até encontrarmos o primeiro piso de descanso que a tal escada apresentava há uns quatro ou cinco metros do chão. Eu me ajoelhei tentando parar de tremer pelo susto, enquanto Anton se curvava levemente para apoiar suas mãos nas pernas e se encostou na grade de proteção.

— Cadáveres dirigem carros? — Perguntei ainda tentando puxar o fôlego da última corrida desesperada.

Simplesmente não conseguia acreditar no que tinha acabado de ver, porém, me esforcei o dobro para ficar de pé como ele.

— Eu não sei, parece que sim. — Ele acabou soltando um riso sarcástico quando ficou novamente de pé e apoiou seus cotovelos na grade atrás de suas costas, mostrando-se totalmente bem. — Como você está? Aguentando firme? — Perguntou ainda puxando a sua respiração ruidosamente algumas vezes, fazendo os seus ombros subirem e descerem de forma cansada.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora