(Vol. VI) Ano III p.e. ⎥ Caótico.

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Denise me entregou aquelas aspirinas ao mesmo tempo em que Tara estendeu a garrafa de água em minha direção

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Denise me entregou aquelas aspirinas ao mesmo tempo em que Tara estendeu a garrafa de água em minha direção. Nunca havia tido quaisquer problemas para tomar medicações, mas estranhamente aquelas custaram a descer através do nó em minha garganta. Parecia que mãos invisíveis me sufocavam.

— Não foi tão grave, só vai ficar com uma tremenda dor de cabeça. — A médica avisou quando sorriu gentilmente e me assistiu beber os remédios com ajuda do líquido.

Entendia que a minha cabeça estava pesada pelo acidente causado através da queda um pouco mais cedo, entretanto, não podia negar que todo aquele peso tencionando os meus músculos e os tornando tão rígidos à ponto de causar um buraco em meu estômago, tinha muito mais a ver com a situação perturbadora se desenrolando essa noite.

— Obrigada, Denise! — Tara respondeu em meu lugar esboçando um grande sorriso cheio de flerte e nós duas vimos a doutora se afastando com um sorriso maior quando tentou disfarçar suas bochechas coradas e guardando mexas do cabelo atrás das orelhas.

— Será que você pode parar de flertar enquanto eu estou morrendo? — Sussurrei enciumada para a morena ao meu lado e lhe entregando aquela garrafa, apesar de esboçar um sorriso cheio de chacota em sua direção.

— Não seja dramática. Você não está morrendo! — Tara devolveu a piada de volta ao cruzar os seus braços depois de pegar a garrafa e sorriu de um jeito bastante sarcástico ficando ao meu lado naquela maca.

Estava sentada sobre a cama de hospital e balançava os meus pés no ar como uma criança inquieta ao mesmo tempo em que segurava uma bolsa gelada contra o ferimento em minha nuca. A tontura parecia já ter passado, mas a dor aguda no centro do meu cérebro ainda permanecia.

Assim como Daryl também permanecia à minha volta, ali parado e com seu ombro apoiado em uma das paredes aos fundos, bem próximo ao lugar aonde eu estava e com a Crossbow ainda em suas costas.

Ele parecia estranho e alheio. Seus olhos observavam o ambiente sombrio em volta como um animal à espreita, porém às vezes se tornavam distantes e pensativos, mas nunca com alguma palavra o acompanhando. E então os azuis vinham até mim como se me analisassem de perto. Resumidamente, preocupado com algo.

A porta da enfermaria se rompeu em um estardalhaço aflito que nos pegou de surpresa. Arregalamos nossos olhos naquela direção e nos tornamos alertas bem a tempo de ver Glenn e Nicholas entrando no local cobertos de sangue e apoiando um ao outro como se fossem amigos.

Glenn deixou Nicholas sobre a outra cama quando o outro homem pareceu mais machucado e não demorou para que Maggie e Rosita também entrassem naquela enfermaria mostrando curiosidade e preocupação com o estado dos dois homens machucados.

— Mas que porra tá acontecendo nesse lugar hoje? — Daryl se afastou da parede e moveu o seu corpo em direção ao asiático que se sentou sobre uma poltrona e tentou regularizar o fôlego, mas Glenn estendeu uma das mãos a todos e mostrou que devíamos ficar calmos.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora