(Vol. V) Ano III p.e. ⎥ Sob vigília.

1.1K 120 189
                                    

A água já havia acabado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A água já havia acabado.

E não falo apenas do líquido dentro da única garrafa que tínhamos. Me referia a toda a água do mundo, aparentemente, já que nós não havíamos encontrado nenhuma única fonte de água se quer. Nada. Absolutamente nada.

Por isso estávamos mais lentos e mais deteriorados. Melancólicos com sede e fome, no meu caso, principalmente porque eu não tive a chance de me alimentar da carne. Nem ao menos o som dos trovões tão provocativos estavam me animando mais.

— Hey... — Ouvi quando Carol ficou ao meu lado e notei a sua mão estendida em minha direção com apenas cinco nozes em sua palma.

— Valeu... — Agradeci com a voz rouca pela garganta seca quando aceitei aquelas nozes graças à fome insana que eu sentia naquele momento e comecei a comê-las como se fossem a coisa mais saborosa do mundo.

A mulher de intensos olhos azuis acabou abrindo um leve sorriso de linhas finas em minha direção antes de apressar os seus passos e se afastar novamente para o início da fila.

Depois de alguns minutos de caminhada, percebi quando as primeiras pessoas naquela linha começaram a parar seus passos gradativamente. Me fazendo notar que o xerife tinha a sua mão levantada no alto nos obrigando a isso como um aviso.

Eu estava curiosa para saber qual perigo estava a nossa espreita dessa vez, mas acabei me surpreendendo quando continuei os meus passos até a frente e notei o conjunto de sete garrafas de água mineral no meio do asfalto, junto com mais quatro galões de no mínimo uns cinco litros de água potável e mais uma sacola de tecido muito parecida com uma daquelas bolsas ecológicas.

E não apenas isso, sobre todos os objetos ainda existia um pedaço quadrado de papel branco aonde alguém havia escrito com caneta preta a frase "De um amigo" de forma muito apressada.

— Ok... de quem é essa fada madrinha? — Questionei baixo e de forma muito sombria ao me aproximar mais, mesmo se tratando de uma piada.

Rick foi o primeiro a se aproximar do "presente" e pegou aquele recado em suas mãos de um jeito completamente preocupado quando olhou para a floresta em nossa volta e puxou a sua arma do coldre. Foi o suficiente para todos nós fazermos o mesmo e nos tornarmos relativamente alertas quando começamos a visualizar todos os lados da floresta apontando nossas armas para todas as direções.

— O que nós vamos fazer agora? — Tara perguntou quando se aproximou daqueles itens e começou a encará-los de cima como uma análise.

— Isso não. — Rick respondeu com autoridade ao se referir ao consumo da água disponível.

E no fundo eu o compreendia, afinal, não sabíamos quem havia os disponibilizado e nem o quão seguro aquilo era. De fato, quem daria recursos tão valiosos à um grupo de estranhos armados?

— Não sabemos quem deixou isso aí. — Acrescentou, como se houvesse necessidade de explicar.

— Se for uma armadilha, já caímos nela. — Eugene avisou com seus olhos vidrados na quantidade de água enquanto ficávamos em volta de tudo.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora