(Vol. V) Ano III p.e. ⎥ Quase arte.

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Um inventário abastecido

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Um inventário abastecido. Uma enfermaria. Uma garagem para os carros, que também servia como escola para os mais jovens. Uma igreja improvisada em frente à garagem, aonde Gabriel parecia ter se instalado.

Aos poucos, eu ia tentando memorizar cada coisa e cada detalhe que pudesse ser importante dentro dos domínios seguros de Alexandria.

Atravessei uma pequena ponte de madeira sobre um lago tranquilo que parecia percorrer uma grande parte daquele lugar. Alcancei uma encosta mais arborizada, como um parque florestal muito bem cuidado, e segui através do caminho de terra batida enquanto sentia o sol estreitando os meus olhos.

O som do pequeno curso de água passando era tranquilo e estável. O vento ameno estava tornando o clima agradável e apesar do sol intenso, o dia estava um pouco mais frio do que o de costume.

Estava atravessando o caminho de terra perto de pequenas estruturas de madeira, como coretos rodeados por arbustos e flores, quando me deparei com uma fila de folhas de papel voando até alcançar os meus pés. Me deixando perceber que aquelas folhas viam da direção de um dos coretos.

Retirei minhas mãos dos bolsos rapidamente, me abaixei sobre os calcanhares e comecei a recolher as folhas de papel tão destoantes naquele lugar. E só então pude perceber que um homem grisalho tentava recolher o restante das folhas que caíram dentro da pequena construção.

O homem tinha uma aparência mais velha e usava óculos quase redondos na frente dos olhos. O cardigã que usava feito de lã bege demonstrava que ele também sentia a mudança da temperatura e a forma como ele sorriu em minha direção me mostrou que ele era um dos simpáticos.

— Ah! Muito obrigado! — Ele comentou quando recolheu as folhas ao seu alcance e se posicionou em frente à entrada do coreto. — Acabei derrubando o caderno no chão e o vento me pregou uma peça. — Explicou sorrindo quando uni suas folhas em minha mão e comecei a caminhar em sua direção.

Meus olhos desceram até as folhas de papel entre meus dedos e rapidamente tive um vislumbre quase chocado de rascunhos de vários desenhos. Esboços começados, mas não finalizados. Uma casa com um tipo de cisterna ao lado. Um moinho alto com um enorme cata-vento. Uma sala de aula com várias divisórias.

— Morda, mastigue, engula e repita. — Respondi ainda com os olhos nos desenhos enquanto os passava.

— O que disse? — Perguntou meio surpreso e franziu o cenho sem entender.

— O meu pai sempre me dizia isso quando eu reclamava de alguma coisa que eu não podia mudar. "Se tiver de comer merda, não mordisque. Morda, mastigue, engula, repita. Desce mais rápido". — Brinquei dando um sorriso leve quando voltei meus olhos estreitos em direção ao homem. — Eu sou Heidi. — Me apresentei calmamente.

— Eu sei. E eu sou Reg. — Ele respondeu dando um leve sorriso esperto. — E o seu pai parecia um homem muito sagaz. — Elogiou quando eu entreguei os desenhos em sua mão.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora