(Vol. IV) Ano III p.e. ⎥ Big Spot.

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O caminho que percorríamos não tinha uma direção específica e era irregular

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O caminho que percorríamos não tinha uma direção específica e era irregular. Carcaças de animais estavam espalhadas por todos os lados, tão envelhecidas que não passavam de couro mumificado sobre os ossos expostos e a relva um pouco alta cobria o automóvel até a altura dos pneus.

Glenn dirigia aquela caminhonete Dodge Ram de maneira concentrada enquanto tentávamos continuar sentados sobre os bancos graças ao balanço do terreno esburacado. Daryl estava sentado ao lado do motorista, carregando a sua balestra sobre o colo e observava a paisagem com o cotovelo apoiado na janela enquanto eu e Sasha permanecíamos atrás sentadas lado a lado.

Havíamos escolhido aquele tipo de carro pois sabíamos que era um dos únicos com tração para aguentar uma estrada deteriorada como aquela. E logo nos aproximamos de uma cerca de madeira fortificada que estava devidamente trancada e com alguns caminhantes presos do outro lado.

Os errantes se aproximaram da cerca e mostraram os seus dentes assim que ouviram o barulho do motor se aproximando. Glenn freou o automóvel e suspirou baixo com a sua expressão ainda séria quando analisamos a situação do lado de fora.

— Droga. — Ele praguejou ao perceber o portão trancado e a quantidade de mordedores se acumulando.

— Fui eu que tranquei. — Avisei a todos quando me arrumei melhor sobre o banco e me preparei para descer do carro. — Queria mantê-los fora para que o caminho continuasse livre. Não vai ser muito difícil derrubá-los do outro lado da cerca. — Dei de ombros ao abrir a porta ao meu lado e desci do automóvel alto com um pulinho.

— Como você conseguiu fazer tantas coisas sozinha por aí? — Sasha perguntou desacreditada quando desceu também e franziu a sua testa em minha direção de forma desconfiada.

— Eu não sei. — Dei de ombros ao apertar meus lábios, sem saber ao certo o que responder. — Não havia muita coisa para fazer, além de ter um plano e seguir em frente. Acho que o meu cérebro pensa melhor quando estou entediada. — Me referi à solidão quando todos nós já havíamos descido e fomos nos aproximando do portão de madeira que alcançava a altura dos nossos ombros.

Peguei o facão que estava preso em minha cintura e comecei a atacar o crânio de cada morto-vivo ali, da melhor forma possível enquanto os outros faziam o mesmo.

Demorou um pouco, mas a quantidade deles começou a diminuir, até que nenhum mais sobrasse. Deixando o caminho livre para que pudéssemos abrir o portão e passar com a caminhonete.

Sasha se aproximou do portão ainda segurando aquele facão banhado de sangue dos caminhantes enquanto passava a manga da sua jaqueta em seu rosto para limpar os respingos de sujeira em sua pele.

— É um garfo! — A mulher apontou surpresa ao examinar bem o objeto que mantinha os portões fechados. — É só um garfo. — Alegou exasperada ao examinar do meu rosto para os outros.

— Pois é. Era a única coisa que eu tinha no momento. — Expliquei ao desenganchar o cabo do garfo daquela improvisação e conseguir abrir o portão novamente sem problemas. — Em minha defesa, digo que é uma tranca bem eficiente. Afinal, ela aguentou até agora. — Mostrei ao segurar as duas partes repartidas do garfo para mostrá-los e voltei a guardá-lo na palma de minha mão.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora