(Vol. IV) Ano III p.e. ⎥ Metálico.

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Aos poucos a consciência me trazia algumas percepções nada agradáveis sobre a situação aonde eu estava presa, contudo, estava me esforçando ao máximo para recolher o maior número de informações possíveis e, principalmente, trabalhar com tudo o que...

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Aos poucos a consciência me trazia algumas percepções nada agradáveis sobre a situação aonde eu estava presa, contudo, estava me esforçando ao máximo para recolher o maior número de informações possíveis e, principalmente, trabalhar com tudo o que tinha conseguido, de maneira eficaz.

O homem negro que usava uma bandana azul presa em sua testa se chamava Tony e havia nascido obviamente como um verdadeiro encrenqueiro sulista, com suas botas de cowboy, enorme fivela no cinto e uma enorme metralhadora automática que sabe-se lá Deus aonde ele a achou.

Billy era o homem mais magro e esguio, usando uma touca de lã cobrindo os cabelos e sempre tinha uma chave de biela girando entre os dedos como um passatempo nervoso. A sua expressão pálida e sorriso ardiloso me lembrava muito um encrenqueiro que encontrávamos fumando e com garrafas de bebidas dentro de sacolas de papéis no caminho da escola.

Havia um homem loiro muito sombrio que chamavam de Harley, como as motocicletas. Ele não conversava muito e estava sempre na sua própria bolha. Usava um rifle de dez tiros e estava sempre fumando alguma coisa enquanto parecia pensativo. Era o mais tranquilo entre eles em relação a discussões e brigas.

Dan era de longe o que mais me causava arrepios. O homem acima do peso tinha um cabelo enrolado comprido cheio de cachos castanhos oleosos, os olhos claros estavam sempre viajando dentro da própria mente, assim como suas mãos estavam sempre afiando a navalha enorme que ele carregava. A sua voz era mais anasalada e seu modo de agir deixava claro que ele possuía algum desvio mental.

O homem que acreditava ser o meu dono era Len. O arqueiro de cabelos e olhos escuros. Esse tinha um gênio difícil e um humor incrivelmente irritadiço. O seu sarcasmo era irritante e a sua falta de gentileza, ou empatia, já havia me custado alguns hematomas nas poucas horas em que estávamos dividindo o mesmo espaço.

Joe era o homem mais velho e grisalho ali. O líder, apesar daqueles homens não serem um grupo liderado de certa forma. Isso era um paradoxo. Joe parecia ser um homem sensato, mas era tão sombrio, sarcástico e perigoso quanto os outros comparsas. Me fazendo entender que aquele grupo se unia pela dinâmica de sangue ruim. O que me levava, exatamente, para o questionamento que não queria me deixar:

O que diabos Daryl estava fazendo se unindo a aquelas pessoas?

Essa era a pergunta que se repetia em looping em minha mente e não queria sair de mim. Na verdade, estava grudada nela como um osso. Roendo e remoendo todas as respostas sensatas e explicações absurdas que pudesse me esclarecer algumas coisas.

Era isso o que eu estava ponderando enquanto permanecia sentada encostada na lataria da picape e ao lado do pneu esquerdo na traseira do automóvel. Os meus olhos ainda estavam indo de vez em quando no caçador, que eu sabia não estar dormindo justamente por ainda estar mastigando o talo de canela entre os lábios.

Suspirei fundo e desviei meus olhos até os meus coturnos assim que notei Len sair da cabine da caminhonete após o seu cochilo e então caminhou em direção a caçamba da mesma para remexer suas coisas, em busca de algo.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora