Meus pés ardiam como em carne viva. As botas começavam a machucar e se tornarem desconfortáveis. Já fazia um longo tempo em que caminhávamos silenciosamente sobre a linha do trem enquanto os meus pulsos ainda estavam amarrados e sendo puxados como uma prisioneira pelo homem com o arco e flecha.
Na verdade, eu estava silenciosa observando cada um deles e a dinâmica crescente ali. Precisava aprender rápido se quisesse sair ilesa daquela. Mas podia ouvir alguns resmungos e resquícios de conversas banais entre os homens, coisas que não faziam sentido para mim e, às vezes, eu não entendia. Porém, ainda mantinha a minha expressão fria e os meus instintos afiados.
A pele em meus pulsos começava a ser cortada por hematomas em linhas finas por culpa do barbante e isso ardia como o inferno por culpa do suor. Só não era mais dolorido do que as várias queimaduras subindo por meu braço esquerdo e que ainda não estavam cicatrizadas.
Examinava com cuidado o tal barbante que me prendia. Eu conseguiria me livrar dele se realmente me concentrasse em fazer um bom trabalho, o grande problema era não conseguir escapar de seis homens sozinha.
Sozinha. Precisava ter a certeza de que Daryl estava nessa comigo, ou melhor, precisava de qualquer sinal de que ele tinha um plano e eu tinha que cooperar. Afinal, o caçador não havia me dito qualquer coisa e eu estava praticamente raciocinando no escuro. Com medo de dar um passo e estragar tudo para nós.
Minha cabeça estava à mil. Haviam tantos caminhos para percorrer dentro da minha mente que mal podia decidir qual seria a prioridade maior. E isso estava me deixando em pânico. Tanto pelo perigo iminente de estar cercada por seis homens perigosos, quanto pela insegurança de não saber exatamente qual era o objetivo de Daryl entre eles.
O meu instinto me dizia muitas coisas irracionais, como tentar me soltar, atacá-los e fugir. Mas era óbvio que esse plano era fajuto, visto que eu não tinha uma arma e eles eram em maior número. Foi exatamente por esse motivo que eu acabei decidindo me manter fria, racional e dançar conforme aquela música macabra.
— O que significa essa palavra? — Tomei coragem ao perguntar enquanto me concentrava o suficiente para não tropeçar nos trilhos do trem. Estávamos caminhando em direção a uma grande ponte de concreto por onde a linha férrea passava embaixo. — Reivindicado? — Completei franzindo o cenho e alternando o meu olhar do chão até o homem que me puxava. Len.
— Olha só! Ela fala! — O homem grisalho apontou em tom de riso. Ele vinha logo atrás de mim e Len; caminhando ao lado de Daryl enquanto os dois mantinham uma conversa baixa.
Olhei para trás apenas para observar o homem grisalho tirando o cigarro dos lábios com dois dedos e então cuspindo a fumaça para o céu ainda me encarando com expressão sarcástica. Enquanto isso, o Dixon ainda permanecia frio e inquebrável ao seu lado, olhando-me com seriedade.
— É o jeito como marcamos as coisas. — Len respondeu sem me olhar, mas havia um sorriso debochado no canto dos seus lábios ao apoiar a alça do seu arco e flecha sobre seus ombros. — Como dizemos que algo é nosso. — Explicou há um passo de mim.
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STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead
Fanfic+18 ● 𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] ● ⎢ ❝𝐀𝐏𝐄𝐍𝐀𝐒 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐇𝐀 pelo o que você está se arriscando. ❞ ⎢ 𝐇𝐄𝐈𝐃𝐈 𝐂𝐎𝐍𝐖𝐀𝐘 𝐃𝐄𝐈𝐗𝐎𝐔 𝐎 𝐆𝐑𝐔𝐏𝐎 de Rick Grimes para explorar um mundo longe de pessoas. Cansada de obedecer às regras de q...