(Vol. VI) Ano III p.e. ⎥ Meu sangue.

1.2K 106 201
                                    

Posicionei melhor a mochila atrás das minhas costas ao me aproximar com passos lentos e despreocupados dos portões fechados de Alexandria

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Posicionei melhor a mochila atrás das minhas costas ao me aproximar com passos lentos e despreocupados dos portões fechados de Alexandria. Passando o meu olhar curioso através dos muros novamente levantados e reformados. Dessa vez eles pareciam mais reforçados e com mais torres de vigia.

Respirei profundamente como se precisasse de um gole de coragem assim que parei em frente a eles e fui recebida por Eugene me olhando de modo surpreso.

— É bom vê-la pessoalmente depois de tanto tempo. — O homem comentou assim que os seus olhos sempre tão inexpressivos me fitaram com quase tédio. — Por um segundo acreditei realmente que você era apenas uma lenda urbana quando os outros tocavam em seu nome. — Pareceu uma piada, mas o modo sarcástico meio ácido de suas palavras tornava tudo ainda mais estranho.

— Por um segundo eu também acreditei que era. — Concordei de modo frio quando o percebi me encarando dos pés à cabeça, parecendo entender o que se passava e o que eu estava prestes a fazer.

— Poderia assombrar qualquer uma dessas casas quando quisesse... — Eugene comentou se afastando e indo em direção a fechadura do grande portão de saída.

— Sim, poderia. — Acabei rindo baixinho de sua piada tão culta.

As roupas grossas que eu vestia não eram muito confortáveis para o tempo ensolarado, porém eram necessárias para a minha proteção do lado de fora. Assim como também carregava o fuzil com silenciador atrás das costas, as duas Glocks presas no coldre de couro ao lado de cada um dos meus seios e as duas facas presas nas suas respectivas bainhas em meu quadril.

Era bastante equipamento para uma única saída, mas o nosso arsenal estava bem abastecido nos últimos meses, tornando tudo muito fácil. Além de não fazer ideia do que iria encontrar do lado de fora daqueles muros de metal. Era bem melhor garantir do que apenas remediar.

— Vai treinar tiro? — Sasha me perguntou de repente e tive que levantar o meu rosto em direção a guarita de madeira aonde ela estava de pé, quatro metros acima de nós.

Ela segurava uma metralhadora fortemente armada e parecia vigiar o local além dos portões sem grandes expectativas ou preocupações.

— Não. Caçar. — Expliquei superficialmente ao soltar todo o oxigênio através dos meus lábios nervosos.

— Coelhos? — Eugene perguntou quando destrancou e começou a abrir a primeira camada daqueles portões que nos separavam do mundo, rangendo o metal sobre o solo como um aviso estrondoso.

Algo maior. — Respondi em tom irônico esboçando um mínimo sorriso carente de humor. — Sasha, você por acaso está aí em cima há muito tempo? — Questionei para a garota enquanto Eugene abria a segunda camada dos portões e rapidamente o lado de fora ficou acessível.

— Desde a madrugada. Por quê? — A garota quis saber franzindo o seu cenho por não compreender.

— Então você viu por qual caminho o Dixon seguiu. — Apontei como quase uma acusação quando atravessei os portões e Eugene passou a fechá-los novamente para que os caminhantes continuassem fora.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora