Eu escolhi o quarto em tons de azul.
Tinha uma aparência masculina e adolescente, mas eu tinha gostado dele e parecia íntimo.
Nos dividimos entre casas e cômodos e agora parecia que todos nós tínhamos um bom lugar para ficar. Camas macias, closet, mesinhas, escrivaninhas, prateleiras, banheiros e até porta-retratos. Quase vazios, mas o tínhamos. E isso pareceu encher os nossos pulmões com um ar revigorante.
Entretanto, os problemas embrulhados em papéis brilhantes continuavam sendo problemas.
Perdi a noção de tempo enquanto estava de pé e de braços cruzados apenas de lingerie em frente à minha cama de casal e de edredom azul. Sobre o colchão havia o bendito vestido escuro com pequenas flores e um par de sapatos com pequenos saltos. Eles pareciam debochar de mim. Me desafiando a vesti-los, se eu fosse corajosa o suficiente, e aparecer naquele jantar parecendo uma camponesa pura e romântica.
E para fechar o meu desespero com chave de ouro, ainda havia a mínima possibilidade de Carol estar correta em relação a gravidez. Era exatamente esse medo o que havia me impedido de procurar Pete. O medo de que ele pudesse me dar uma confirmação, mesmo sabendo que isso era a coisa mais ridícula do mundo, afinal, eu precisava saber.
Levei minhas duas mãos para o meu ventre e o toquei na esperança de sentir algo diferente que pudesse me confirmar. E então levei as duas até os meus seios e os apertei, tentando sentir se eles estavam estranhos também. Nada. Não havia nada que pudesse me dar pelo menos uma dica. Se estavam diferentes, eu ainda não podia senti-lo.
Puxei o ar para meus pulmões com muita força. "Você precisa viver a vida como ela é, e não recusando todas as coisas que você não pode mudar". As palavras de Anton me corroíam por dentro como ferrugem. Eu era aquela que mais queria estar naquele lugar e agora estava deixando tudo aquilo perturbar o meu pequeno paraíso particular.
Não. Eu nunca poderia lutar contra as coisas que não podia mudar, mas poderia usufruir o máximo que elas poderiam me oferecer.
Me movi rapidamente ao puxar aquele vestido e comecei a vesti-lo por cima da cabeça e dos meus braços. Percebendo que uma parte do curativo branco ainda podia ser visto através do seu decote e a forma como a saia leve rodava em volta da minha cintura parecia me transformar em uma cantora country. Principalmente quando coloquei os sapatos de boneca e me tornei alguns centímetros mais alta.
Olhei a minha imagem contra o espelho e tentei organizar o meu cabelo solto com uma escova. Pegando a bússola que estava pendurada sobre a armação na lateral do objeto espelhado e trazendo o reluzente artefato até perto dos meus olhos. Observando as letras "A" e "E" gravadas na parte de trás.
Eu sabia que aquela bússola pertencia a Aaron. E sabia que ele merecia tê-la de volta, mas também tinha plena consciência do motivo de não ter a devolvido.
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STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead
Fanfiction+18 ● 𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] ● ⎢ ❝𝐀𝐏𝐄𝐍𝐀𝐒 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐇𝐀 pelo o que você está se arriscando. ❞ ⎢ 𝐇𝐄𝐈𝐃𝐈 𝐂𝐎𝐍𝐖𝐀𝐘 𝐃𝐄𝐈𝐗𝐎𝐔 𝐎 𝐆𝐑𝐔𝐏𝐎 de Rick Grimes para explorar um mundo longe de pessoas. Cansada de obedecer às regras de q...