STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead

(Vol. VI) Ano IV p.e. ⎥ Tratado.

Entrei no escritório de Gregory segurando a garrafa com um pouco de água e uma toalha de rosto que havia sido entregue a mim por uma mulher há poucos segundos, do lado de fora.

Caminhei de forma calma em direção ao xerife, que se encontrava apoiado levemente sobre a escrivaninha antiga do líder de Hilltop e lhe entreguei a toalha branca de forma prestativa.

— Obrigado. — Rick agradeceu quando segurou a toalha levemente dobrada e eu sorri quando o ajudei derramando um pouco da água no tecido. O que o fez começar a limpar todo o sangue que secava manchando o seu rosto e pescoço, os esfregando.

Apenas aqueles que pertenciam ao nosso grupo estavam dentro daquele escritório, esperando que Jesus tivesse o tempo que pediu e que Harlan nos desse notícias sobre o estado de Gregory, já que o mesmo havia sido atacado de forma covarde por Ethan há horas atrás.

Todos mantinham uma expressão séria e reflexiva no rosto quando eu deixei a garrafa sobre a mesa.

Abraham ainda parecia aéreo, mas pelo menos não estava mais agindo de forma estranha ao permanecer sentado em uma poltrona perto da estante de livros.

Michonne também estava sentada em uma poltrona Vitoriana bem próxima a escrivaninha aonde Rick estava; tendo Maggie atrás de si, observando a paisagem através da janela com expressão preocupada.

Glenn tinha as suas mãos apoiadas atrás das costas e as costas apoiadas contra a outra estante de livros e Daryl estava com o seu ombro apoiado exatamente na lateral dessa mesma estante.

Os meus olhos percorreram aquele cômodo de forma interessada. Era muito curioso, pois a predominância ali era a madeira. Tanto nos móveis antigos, decoração, como também nas cores. Então, no fundo, parecia que estávamos presos em algum lapso do tempo. Principalmente quando levávamos em consideração a enorme pintura do cavaleiro de armadura sobre um cavalo branco que ficava acima da lareira. Assim como também a quantidade absurda de livros em todas aquelas estantes. O que eu duvidava que Gregory já tivesse os lido. Era um cenário que tirava o fôlego.

— Será que ele era importante? — Indaguei chamando a atenção de todos quando me aproximei alguns passos daquela pintura. O maior quadro que havia ali dentro, quase da minha altura. E os meus olhos percorreram toda a imagem de tinta quase como se fosse apenas uma janela real para o passado.

— Esse era Charles V. — Jesus respondeu assim que entrou naquele escritório, mostrando que havia escutado a minha pergunta e me fazendo encará-lo subitamente. — Imperador Romano Sagrado. O quadro foi pintado por Sir Anthony van Dyck, mais ou menos em 1620. — Continuou explicando com um leve sorriso triste em seus lábios quando fechou aquela porta e se aproximou.

— E você era o guia desse lugar? — Perguntei com um sorriso provocativo e logo recebi um sorriso mais calmo em resposta quando ele parou ao meu lado. — Como está o "chefe"? Ele vai ficar bem? — Procurei saber desviando os olhos, mostrando mais educação do que preocupação genuína.