(Vol. VI) Ano III p.e. ⎥ Fora dos planos.

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— Hey? — Senti quando alguém tocou a minha nuca e encostou em meu cabelo

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— Hey? — Senti quando alguém tocou a minha nuca e encostou em meu cabelo.

Levantei o meu rosto de cima dos braços cruzados e o meu corpo com uma pressa assustada, para só então perceber que eu havia dormido sentada naquela cadeira sem ao menos perceber, provavelmente durante alguns minutos.

As minhas costas reclamaram de dor fortemente, me obrigando a gemer de modo frustrado quando me tornei ereta de novo e apertei os olhos com força, apoiando uma das mãos na nuca e a outra na lombar.

Contraí os meus músculos com a intenção de aliviar o desconforto surreal de ter ficado parada em uma má posição por tanto tempo.

— Porra! — Xinguei entre os lábios crispados e, esperando que o incômodo cessasse, tentei espreguiçar o corpo de forma demorada.

Após esfregar os meus olhos confusos durante algum tempo, os levei em direção ao homem de pé do outro lado da mesa de jantar, que apoiava as mãos espalmadas sobre a mesma.

Daryl me encarou com uma expectativa um pouco confusa. Vincando o espaço entre as suas sobrancelhas como se não entendesse o motivo de eu estar naquela situação. Fazendo o seu rosto preocupado se tornar bem mais adorável no meio da penumbra alaranjada das poucas luzes acesas na sala.

— O que 'tá fazendo aí? — Ele questionou confuso quando tentou deixar a sua voz o mais baixa possível por culpa do silêncio extremamente absurdo da madrugada.

— Morrendo, talvez? — Reclamei do incômodo nas costas com uma careta de dor bastante enfática. Mas suspirei baixo ao esvaziar os pulmões fustrados e o encarei com mais conformismo. — Aconteceu alguma coisa? — Torci o meu rosto em dúvida por vê-lo ali sem um motivo aparente.

Bom, pelo menos não um dos bons "motivos para alguém como Daryl".

Não estava incomodada com a sua presença repentina ali no meio da noite. Aliás, era uma surpresa bastante agradável. Mas ainda era algo que me deixava um pouco confusa.

O caçador balançou a sua cabeça em negativa algumas vezes quando apertou os lábios de forma um pouco rápida demais. E se afastou levemente da mesa, deixando o corpo ereto como se pretendesse fugir sem me dar uma resposta concreta.

Um sorrisinho animado surgiu no cantinho dos meus lábios.

— Você veio me ver, é? — Perguntei quase como se precisasse deixar isso registrado em voz alta. Tatuando aquilo abaixo da minha pele como se ele preenchesse as minhas veias para sempre.

Afinal, realmente estávamos ocupados em nossas tarefas praticamente todos os dias e não havíamos tido tempo de vermos um ao outro mais do que alguns poucos minutos no decorrer das nossas atividades.

— As luzes ainda estavam acesas. Achei estranho. — Se explicou movendo os braços de forma inquieta como se tivesse achado a sua desculpa perfeita.

— Ah, sei. Meu herói. — Debochei ainda sorrindo levemente enquanto experimentava particularmente o gosto satisfatório de suas ações aquecendo o meu coração com doçura.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora