(Vol. VI) Ano IV p.e. ⎥ Profundo.

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A noite já havia caído sobre Hilltop já fazia algumas horas, mas eu me mantinha sentada sobre uma mesa de piquenique feita em madeira perto dos trailers desde o pôr do sol

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A noite já havia caído sobre Hilltop já fazia algumas horas, mas eu me mantinha sentada sobre uma mesa de piquenique feita em madeira perto dos trailers desde o pôr do sol. Assistindo o céu claro em tons pastéis se tornando cada vez mais escuro até que tímidas estrelas começassem a aparecer devagar após o crepúsculo.

Os meus olhos se mantinham agora em direção a um grupo de pessoas há alguns bons metros de distância, perto dos muros altos e que circulavam uma pira improvisada acima de um entulhado de troncos de madeira.

Estava naquele mesmo local há tempo o suficiente para ver aquelas pessoas arrumarem os troncos perfeitamente uns sobre os outros como uma cama. Até colocarem um corpo embalado em um lençol branco sobre tudo e então atearem fogo depois de alguns minutos de funeral.

A garota de rosto redondo estava perto da pira do namorado, Ethan, desde o início. De braços cruzados e às vezes sendo amparada pelos abraços amigáveis das outras pessoas em seus ombros enquanto ela mal esboçava qualquer coisa. Bom, era distante demais para que eu pudesse perceber alguma expressão.

Mas era próximo o bastante para eu sentir a ferroada profunda abrindo um buraco em meu estômago. E talvez fosse essa sensação muito ruim o que me prendia no meio daquele local meio escuro e silencioso como se eu precisasse ser punida.

Sabia que Maggie esteve conversando com Gregory durante toda a tarde e o convencido a aceitar aquele acordo. E, para falar a verdade, admitia que nós sabíamos ser convincentes, então o resultado era quase único. Entretanto, era um pouco desesperador saber o que viria a seguir. Inevitavelmente.

Isso fazia a minha cabeça doer um pouco mais.

A silhueta tranquila vindo de trás das minhas costas me surpreendeu assim que a notei por minha visão periférica, me tornando atenta ao virar o meu rosto na mesma direção. Acabei ficando mais tranquila assim que percebi o caçador se aproximando enquanto segurava dois pratos plásticos com uma porção de comida dividida entre os dois.

Um mínimo sorriso ainda um pouco triste surgiu em meu rosto assim que ele ficou ao meu lado e estendeu um dos pratos como um presente. E o meu coração se preencheu com um certo conforto agradecido quando peguei aquele prato sentindo a sinceridade do seu cuidado.

— Não comeu nada o dia inteiro. — Apontou ao se sentar ao meu lado sobre aquela mesa e apoiou os seus dois pés sobre o banco retangular de madeira que era preso a ela, assim como eu. Mostrando ter me vigiado tempo o suficiente para saber disso.

— Não estava com fome. — Segurei o prato com as duas mãos entre meus joelhos quando desviei os meus olhos até a comida e o meu sorriso morria devagar ao reparar nos vários tipos de legumes e frango desfiado que compunham aquela refeição. — Na verdade, me sinto um pouco enjoada desde a cena de Rick acertando a jugular daquele cara. — Confessei de forma sombria ao diminuir o tom da minha voz sem encará-lo.

Ouvi quando Daryl esvaziou os seus pulmões completamente, de forma ruidosa à ponto de se tornar proposital; e então voltou a encarar o próprio prato enquanto apoiava os antebraços sobre os joelhos e começava a comer cada pedaço de legumes usando as pontas dos dedos como talher.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora