STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead

(Vol. V) Ano III p.e. ⎥ Zona segura.

Cantarolava uma música animada para Judith enquanto terminava de colocar o vestido perfeitamente em seu corpo e por cima da meia-calça grossa que ela já vestia.

A retirei de cima do trocador de fraldas e peguei a garota de volta em meus braços de um jeito delicado. Levando a chupeta até os seus lábios como uma recompensa por ela ter sido tão boazinha.

— Hey! — A voz de Rick chamou a minha atenção, me fazendo virar em direção a porta do quarto de Judy e percebê-lo ali parado.

— Hey! — Cumprimentei de volta mostrando-me surpresa.

Rick tinha pequenos e vários curativos brancos em seu rosto tentando proteger todos os ferimentos causados pela recente briga no dia anterior. E a sua roupa ainda suja de sangue, apesar de estar usando apenas a camisa branca e calças escuras ao invés do uniforme de policial, mostravam que ele estava vindo direto do porão aonde Deanna havia o prendido.

— Como foi passar a noite na cadeia, xerife? Acabou experimentando do próprio veneno. — Perguntei tentando provocá-lo quando me virei totalmente em sua direção e Rick acabou encostando seu ombro no batente da porta mostrando cansaço.

— É... — Arrastou a sua voz com um tom agudo de escárnio. — Na verdade, não aproveitei muito. Já que passei boa parte do tempo desacordado. — Lembrou soltando todo o ar dos seus pulmões com frustração. Porém, eu acabei rindo sem pudor.

— Foi um belo nocaute de Michonne, tenho que admitir. Ela precisa me ensinar isso. — Concordei assentindo com admiração ao lhe sorrir sinceramente. — E uma bela bagunça o que o senhor causou, não é mesmo senhor Grimes? — Brinquei ao pegar um dos ursos de pelúcia favoritos de Judy dentro do seu berço e o trouxe para o meu colo, para as mãos inquietas da menina.

— Acho que ferrei com tudo. — Rick cruzou os seus braços e encarou o chão mostrando olhos inquietos em busca de um ponto seguro. E a reflexão que surgiu em seus pensamentos pareceu bastante séria, só pela forma como ele se tornou sombrio novamente.

— Não se preocupe com isso. — Tentei remediar ao dar de ombros e arrumando melhor Judith em meus braços, a apoiando na lateral do meu quadril. — Todos nós já ferramos alguma coisa alguma vez. — O consolei me aproximando alguns passos até ficarmos mais próximos. — Só estou feliz por agora não ter sido eu! — O provoquei com um sorriso sarcástico que acabou o fazendo cerrar os olhos com descrença.

— Como ela está? — O xerife quis saber sobre a filha quando levou sua mão enfaixada até as costas da mesma e acariciou a garotinha de bochechas adoráveis.

— Está ótima! Melhor do que qualquer um de nós aqui dentro. — Garanti tentando confortá-lo ao voltar a encarar o rosto do bebê sugando aquela chupeta. — Carl está lendo histórias em quadrinhos no quarto. Eu pedi para que ele ficasse em casa até tudo estar bem. Levei um lanche para ele há uns quinze minutos. — Expliquei tranquilamente.