Suzana
– Ele parece bem afetado. – Comentei.
– É... – Davi concordou pensativo – ele gosta mesmo dessa moça.
Por algum motivo, isso me fez sorrir.
– Demorou tanto para gostar de alguém, e quando aconteceu foi justo por ela.
Davi me encarou.
– A pergunta é: Porque você não gosta dela.
Fiz uma careta, e quando iria responde, Asafe voltou.
– Tudo pronto – Disse com um sorriso devolvendo o cartão a Davi.
– Podemos ir então? – Perguntei.
– Antes, os pais dele gostariam de agradecer, Davi.
Davi se voltou surpreso para Asafe, e eu sorri.
– Isso não é necessário.
– Eles insistiram bastante. – Asafe sorriu também – vamos irmão, tudo bem ser reconhecido pelas boas ações.
Não para Davi, ele não gostava dos holofotes quando fazia algo bom. Alguma coisa a ver com sua religião... Sobre ajudar os pobres sem esperar reconhecimento, ou algo do tipo. Ele já estavam acostumado a fazer isso com tanta frequência, que foi um Davi muito desconfortável que seguiu Asafe ao meu lado pelos corredores do hospital, até chegarmos a ala de apartamentos. Asafe parou em um deles, e deu algumas batidas antes de entrar.
O garoto estava na cama, completamente dopado, recebendo soro e sabe se lá o que mais. Os pais, estavam cada um ao seu lado, e Fiorella acabava de sair de uma porta que eu imaginava ser o banheiro.
– Pessoal, meus irmãos vieram dizer oi. – Asafe anunciou.
Foi o pai, eu suponho, o primeiro a se aproximar. Um senhor baixo e magro, tinha uma expressão muito preocupada em seu rosto enrugado, mas ele sorriu e estendeu a mão para Davi.
– Obrigada pelo que fez senhor Levins. Nós prometemos que iremos devolver o dinheiro.
Davi apertou sua mão com um meio sorriso. Só eu e Asafe o conhecíamos bem o suficiente para saber que ele estava muito, muito tocado com o momento, e embora quisessem dizer, não ser necessário que eles o pagassem, Davi se controlou. Imaginei que era porque ele sabia que essas pessoas costumavam ser muito orgulhosas.
– Eu estimo melhoras para seu filho. – Davi disse com educação.
Então a mão da Fiorella se aproximou, uma senhora um pouco acima do peso, e o abraço. O gesto foi tão inesperado que Davi levou alguns segundos para retribuir.
– Obrigada, obrigada. – Ela dizia com a voz chorosa – você é uma pessoa muito boa, muita boa.
Nisso eu tinha que concordar com ela. Meu irmão era mesmo uma boa pessoa.
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O AMOR ME CUROU
RomanceSuzana Moreal Levins, morava na Inglaterra desde os sete anos de idade, a Londres fria e chuvosa era o único lar de que se lembrava, e era também o ultimo lugar em que queria está. Um trágico acidente havia contribuído para isso, ela estava totalme...