Capítulo 60 Não Consigo.

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Depois de duas semanas, eu enfim recebi alta do hospital. Saí de lá, ainda com alguns hematomas evidentes, mas sem pontos no pescoço, que foram tirados oito dias após a cirurgia. Os pontos haviam dado lugar a uma enorme cicatriz, que nem mesmo maquiagem conseguia esconder por completo.

As queimaduras foram sarando e deixando de doer aos poucos. Eu ainda tinha que usar muito produtos para proteger a pele, e fui avisada sobre o perigo de tomar sol, algo que eu teria que lembrar quando chegássemos ao Brasil.

Davi havia voltado da viagem, dois dias depois, como dissera. Ele tinha trazido boas notícias. Vovó ficou tão espantada quando soube de tudo que estava acontecendo em Londres, e quis vir imediatamente com Davi, mas ele conseguiu convencê-la a seguir o plano. E agora ela estava lá, esperando por nós.

A notificação ainda não tinha chegado para eles, mas segundo Davi poderia chegar a qualquer momento. O clima em casa estava tenso, mas contido, dado ao fato de que quando retornei, Edward estava em uma viagem de negócios, com seu pai, Harry. Eu imaginei que tinha sido proposital, talvez um plano de Candece, para me dar mais tempo.

Voltar aquela casa tinha sido mais estressante do que eu achei que seria. Eu não conseguia entrar na sala em que Edward tinha me machucado, e só a ideia me aterrorizava. Passava mais tempo em meu quarto, sempre trancando a porta. Quando os meninos estavam em casa, não conseguia desgrudar deles. E a ansiedade me invadia com agressividade, sempre que pensava na volta do Edward.

Os únicos momentos que realmente conseguia respirar com facilidade, e ter um pouco de paz, era os momentos em que estava com Levi, fora da casa. Momentos como este. Ele havia me trazido a um passeio pelo rio tamissa. Levi havia dirigido sua lancha pelo Rio, e em um dado momento parou para apreciarmos a vista. E embora estivesse realmente frio, eu não queria estar em nem um outro lugar.

- Queria poder ficar aqui para sempre. – Murmurei quando Levi sentou ao meu lado na espreguiçadeira.

- Podemos vir sempre que você quiser. – Ele passou o braço por meu ombro e eu descansei a cabeça em seu peito me sentindo muito mal por ainda não ter contado a ele sobre o Brasil.

Havia tentado, por diversas vezes, mas tinha tanto medo de magoar os sentimentos de Levi novamente. Ele não merecia isso.

- Levi... – Comecei meio indecisa.

- Sim?

Suspirei me sentindo horrível.

Eu não consigo me despedir de você... Foi o que me veio a mente, e era verdade. Eu não conseguia.

- Suzana? – Levi sussurrou me puxando dos meus pensamentos.

- Eu... Eu sou muito feliz, muito feliz por te ter, Levi. – Sussurrei de volta me sentindo uma covarde.

O AMOR ME CUROUOnde histórias criam vida. Descubra agora