Capítulo 11 Coisa de irmãos.

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Asafe

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Asafe










O sol estava tão encoberto pelas nuvens que não tinha como saber se havia se posto ou não. Pensei olhando pela janela do carro, era só mais um dia nublado e frio em Londres, como tinha sido as ultimas semanas, na verdade a ultima vez que vi o sol, foi no dia do desfile, na floresta, como um preludio. 

Já havia se passado quase três semanas, e não voltamos a falar do beijo, Levi não tocou no assunto, e eu agi da mesma forma, embora, ele estivesse mais atencioso depois que admitiu que gostava de mim, eu já havia visto ele olhando para mim de forma abobada algumas vezes, as vezes ele também segurava minha mão, por cima da mesa, mas não passava disso, mas era mais que suficiente para a escola toda especular que estávamos juntos, o Instagram de fofoca nunca teve tantas fotos minhas, como nos últimos dias, todas de momentos em que Levi estava por perto, segurando minha mão, me fitando, as vezes, muito raramente beijando meu rosto, e eles sempre pegavam o melhor ângulo, e eu tinha que admitir, que parecíamos mesmo um casal. Eu não estava gostando nada disso, e não sabia bem como agir, queria muito ser sincera e dizer que não me sentia da mesma forma, mas não queria magoar o Levi, ele era uma boa pessoa, e não merecia isso. Tentando fugir de todo esse drama mais do que qualquer coisa, liguei o som do carro e conectei no celular, estava muito silencioso ali, esse era o problema.

– Não, não, sem barulho hoje. – Asafe falou desligando o som.

Fiz uma careta, ele não costumava ser assim tão insuportável, pela tarde, acontecia pela manhã, mas raramente a tarde.

– Porquê você está com um humor tão horrível hoje? – Questionei. – Problemas com a namorada? – Brinquei, mas ele não sorriu.

– Deixa eu adivinhar, saiu no Instagram de fofoca.

Ele ergueu a sobrancelha para mim, esperando pela resposta. 

– Não, eu só estava brincando. – Admiti – aconteceu alguma coisa?– perguntei com interesse.

– Só... Não estamos mais juntos. –  Asafe disse a contragosto, e a afirmação não me surpreendeu, ele geralmente não namorava por muito tempo, o que me surpreendeu foi sua aparente decepção. 

– Se você não queria terminar, por quê o fez?

Asafe deu de ombros. 

– Ela que terminou. – Ele respondeu relutante. – Disse algumas baboseiras sobre sermos de mundos diferentes, dá pra acreditar nisso?

Olha na verdade dava assim, já tinha ouvido comentários do tipo pela escola. 

– De qualquer forma é ridículo! – Asafe continuou de mal humor, parando o carro para que os portões fossem abertos.

– Sinto muito pelo termino, irmão. – Falei com compaixão, sabendo que ele estava mesmo gostando daquela garota. 

– Eu também. – Ele deu macha, e o carro adentrou a propriedade da mansão, ao mesmo instantes em que um posher vermelho passou por nós. – Senhorita With estava aqui, então nosso irmão deve ter chegado de viagem. – Asafe soou, despreocupado. 

A afirmação dele foi constatada verdadeira assim que entramos na sala principal para encontrar Davi. 

– Davi! – eu corri feliz para abraçá-lo, já fazia quase uma semana que ele viajava, resolvendo assuntos dá empresa. –  Que bom ver você. 

– Estou feliz por está em casa também. – Ele disse depois de me soltar, e abraçar Asafe. 

– Como estava o Brasil? – Asafe perguntou. 

– Extremamente quente, mas lindo. Vovó está com muita saudades, e me fez prometer que levaria vocês da próxima vez. 

Eu também sentia falta da vovó, esperava que nas férias desse ano pudéssemos ir vê-la. 

– Estava tomando chá com a senhorita With? – Asafe questionou com um olhar sagaz,  enquanto nos sentávamos ao redor da mesinha, com chá e biscoitos. 

– Ah, mamãe a trouxe para o chá da tarde, mas assim que me viu tratou de desparecer. –Davi respondeu Com o ar indefeso, mas dominado pelo riso. – Ela me entregou alguns convites para um concerto hoje a noite, Andrea Bochelli, está em Londres, e eu nem sabia. 

Asafe deu uma risada, e pegou os convites em cima da mesinha para analisá-los. 

– Bem no seu ponto fraco, então imagino que tenha dito sim. – Comentei fitando-o. 

Davi assentiu. 

– Eu esperava que vocês nos acompanhassem, para que não pareça um encontro. – Ele sugeriu. 

– Mas eu acho que é exatamente isso que ela quer que pareça. – Asafe brincou, e eu tive que sorrir desta vez. 

A senhorita With estava realmente interessada em Davi, isso era uma fato incontestável, mas não era reciproco. 

– Sabe irmão, você deveria dá uma chance a moça. – A boca de Asafe se abriu em um sorriso maroto e conspiratório – ela é bonita, culta, inteligente, e nossos pais gostam dela, além de que vocês tem o amor por concertos em comum. 

Davi fez uma careta. 

– Nossa, você está mesmo prestando atenção. – Ele resmungou. 

Mas não tanto quanto eu, e eu sabia exatamente o que fazia com que Davi não se interessasse por ela. O dois não compartilhavam dos mesmos valores e fé. Na realidade nunca tinha encontrado alguém tão dedicado a fé cristã, como Davi, exceto por nossa vó, é claro, e em parte isso se devia a ela, já que Davi ia com mais frequência ao Brasil para representar papai, então os dois eram muito próximos, e igualmente dedicados. Não que não fossemos religiosos aqui também, quero dizer, mamãe nos fazia ir a igreja todo domingo, mas era só isso, com Davi era  mais profundo, ele ia toda terça, quinta, sábados e domingos, ele realmente gostava daquilo, e era bem bonito de ver como era importante para ele, eu esperava que um dia meu irmão conseguisse encontrar alguém com os mesmo valores que ele, mas enquanto isso não acontecia, eu o ajudaria. 

– Adoraria ir ao concerto com vocês, Davi. – Soei com sinceridade. 

Davi se iluminou, com um sorriso amplo que deixou o azuis de seus olhos ainda mais claros. 

– Você sim, é uma boa irmã, Su. Ao contrario de outro. 

Asafe engasgou com a risada. 

– Bom concerto para os dois então. – Ele disse levantando e seguindo para a porta – eu irei fazer alguma coisa divertida. – Gritou do corredor. 

– Temos que lembrar que o amamos, não é? – Davi brincou, e eu sorri. 

Davi

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Davi

O AMOR ME CUROUOnde histórias criam vida. Descubra agora