Capítulo 66 Em Casa

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Davi me acordou assim que o jatinho pousou em São Paulo. Já havia um motorista a nossa espera, com um cartaz na mão, com o nome: “crianças Moreal”

Os meninos sorriram ao meu lado, e Asafe disse que havia gostado disso.

- Bom dia Marcus. – Davi o cumprimentou em português.

Não me surpreendia nem um pouco o fato dele conhecer o motorista da vovó. Davi vinha no Brasil com frequência.

- Esses são meus irmãos. – Davi gesticulou para nós. – Asafe e Suzana.

- Prazer em conhecê-lo, Marcus. – Asafe imitou Davi estendendo a mão para o comprimento.

O senhor sorriu, timidamente correspondendo o comprimento.

- Prazer em conhecê-lo, senhor. – Disse.

- Igualmente, senhorita. – Ele respondeu, em seguida abriu a porta do carro. E começou a dirigir pelas ruas de Santos.

Demoramos quase uma hora do hangar da empresa Levins, até o condomínio.

Eu não lembrava muito de como era a mansão da vovó, já fazia tanto tempo que não vínhamos aqui.

Havia um longo caminho ladeado de pinheiros  do portão da entrada até a casa, era um espetáculo de se ver. A mansão era toda em um tom neutro, branco e um pouco de bege, talvez quase tão grande como a mansão em Londres. Mamãe tinha crescido em um lugar lindo, e cheio de vida.

O motorista estacionou o carro na entrada principal, e abriu a porta. Seguimos pelas as escadinhas, foi uma senhora que abriu a porta para nós. Ana, esse era o nome dela. Eu lembrava porque ela havia sido babá da mamãe, ela é vovó tinham um carinho muito grande por ela.

Ana nos encaminhou até a sala onde nossa vó estava, sentada. Parecia que havia acabado de tomar café. Vovó Marina sorriu quando nos viu, nos deu um longo e demorado abraço, no meu ouvido ela sussurrou que estava feliz, muito feliz por estamos ali. Eu gostei tanto daquilo, no abraço dela eu me senti acolhida. Me senti em casa.

- Vamos, vamos tomar café. Vocês devem estar famintos. – Vovó gesticulou para a delicada mesa posta.

Havia pães, bolos, sucos, chá, e frutas. Tudo, menos café, mas eu já estava acostumado a isso. A vovó não era nem um pouco fã do bom e forte café.

Ela quis saber sobre a viagem, sobre como estávamos nos sentido agora que estávamos de volta, perguntou sobre muitas coisas, menos sobre os últimos acontecimentos em Londres, eu sabia que ela queria nos dar um tempo, me dá um tempo para absorver tudo que tinha acontecido, que estava acontecendo.

Depois do café ela subiu conosco, e nós mostrou nossos quartos. Eram o mesmo de quando éramos crianças. Todos no mesmo corredor, o meu de frente para o de Asafe, e o de Davi ao lado. Eu gostei disso, queria ter eles por perto.

Meu quarto era quase tão grande quanto o de Londres. Havia um closet enorme, e até alguns manequins. E minhas roupas já estavam todas devidamente organizadas. Alguém devia ter arrumado enquanto tomávamos café.

- Eu fiz algumas mudanças, mas se você quiser mudar mais alguma coisa, podemos contratar um design de interiores. – Vovó sugeriu e eu meneei com a cabeça.

Estava tudo perfeito.

- Eu gostei assim. – Afirmei me voltando para ela com um sorriso.

De repente senti uma vontade imensa de chorar. Não era tristeza, não de jeito nem um. Era emoção. Finalmente depois de muito tempo eu sentia que poderia recomeçar.

- Tudo bem querida. – Vovó se aproximou e segurou minhas mãos – você pode descansar agora, e depois quando se sentir melhor descer para conversarmos.

Assenti. Era isso que eu faria.

Assim que vovó saiu, e segui para o banheiro. Tomei um longo banho, e simplesmente apaguei na cama. Dormi como não dormia a tempos, e sem tomar nem um remédio.

☘️

Assim que terminei de me arrumar, saí do meu quarto com o único objetivo de encontrar minha família. Mas meus irmãos não estavam em seu quartos, então segui pelo corredor tentando não me perder. Queria chegar até as escadas, tinha certeza que a sala íntima ficava no primeiro andar, e devia ser lá que vovó estava, com os meninos.

Felizmente não tive que andar muito, encontrei uma moça com um uniforme da casa subindo as escadas principais.

- Excuse me, I need help finding my grandmother, or my siblings. ( Com licença, eu preciso de ajuda para encontrar minha avó, ou meus irmãos.)

A moça me fitou com estranhamento, e só então percebi que havia falado em inglês.

Revirei os olhos. Tinha que me policiar quanto a isso.

- Desculpe. Eu estava pedindo ajuda para encontrar minha avó, e meus irmãos.

- Ah... – Ela sorriu para mim – a senhora Moreal está na sala íntima, com visitas. Os senhores, eu não saberia dizer onde estão, mas saíram.

Assenti.

- Me leve até minha avó então. – Pedi.

- Sim, claro. – Ela concordou voltando a descer as escadas.

Eu a segui, enquanto passávamos por alguns corredores, até que comecei a ouvir vozes vindo de uma sala. A moça abriu a porta para mim e eu agradeci entrando.

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