Capítulo 120 Ele não ficou.

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O sol estava absolutamente quente hoje.

Rebecca havia me convidado para estudar em sua casa, junto com Sarah. Depois que terminamos seguimos para a piscina. Enquanto Sarah mergulhava e nadava como uma sereia, eu optei por ficar só na borda com as pernas na água. Já Rebecca tinha ido pegar um lanche e ainda não voltara.

- Meus primos estão vindo passar o final de semana aqui, você ainda não conhece eles, né Su? – Sarah comentou se afastando da borda da piscina.

Meneei com a cabeça.

- Eu também não. – Rebecca disse se aproximando, sentando ao meu lado colocando os pés na piscina, e oferecendo uma bandeja com salgados.

- Bom, agora vocês vão poder conhecê-los. – Sarah deu um mergulho.

- Esse final de semana não vai dar. É aniversário do Asafe, ele quer ir pra Brasília. – Comentei.

- Ah, sim. Ele me convidou. – Rebecca completou.

Eu olhei para ela surpresa. Disso eu não sabia.

- Essa é nova. – Sarah sorriu e se aproximou pegando um pouco de salgados também.

- Pois é, eu pensei em aceitar, mas se for algo só para a família.

Meneei com a cabeça rapidamente.

- Você é sempre bem vinda. – Disse com sinceridade.

Na realidade eu estava bem feliz dele ter chamado a Rebecca. Já estava mais do que na hora de seguir em frente.

- E então... Desde quando você gosta do Asafe? – Sarah sorriu de novo, mas dessa vez a expressão foi mais suave, atenuada por certa dose de curiosidade.

Rebecca se engasgou com o salgado.

- O quê? – Gritou desesperada – eu não gosto dele! Nós somos amigos...

- Tá tudo bem Bekis, nós já sabemos. – A tranquilizei.

Sempre foi meio óbvio na verdade.

Rebecca ficou vermelha como um tomate.

- Já tem um tempo. – Ela admitiu a contra gosto.

Eu e Sarah sorrimos.

Esperava que um dia meu irmão conseguisse retribuir o sentimento. Não conseguia imaginar ninguém melhor do que a Rebecca para ele.

- Ah não... – Sarah voltou o olhar para mim – Su, desculpa.

Eu e Rebecca seguimos seu olhar então ao sua desculpa fez sentido.
Arthur estava vindo em nossa direção, junto com seu primo, Isaque.

As últimas semanas foram estranhas. Isaque estava em todos os lugares, na igreja, na casa dos meus amigos, as vezes até encontrava ele no Moreal. Estava realmente levando a sério isso de não desistir de mim. Queria que ele tivesse tido toda essa garra quando decidiu me deixar, e que não o tivesse feito.

- Eu convidei o Arthur. – Sarah continuou – mas não imaginei que ele seria tão sem noção de trazer o Isaque.

Aquilo já tinha ido longe demais.

- Isaque ainda está insistindo nisso de voltar? – Rebecca perguntou e eu assenti. - E você quer, ainda gosta dele?

Eu voltei a respirar fundo. Estava evitando esse questionamento.

Por um breve momento quando eu lembrava de todas as coisas boas que vivemos, eu sentia vontade de voltar.

- Mesmo que ainda exista sentimento, como eu poderia voltar. Depois de toda a dor que ele me causou. – Disse.

Eu merecia mais do que uma pessoa que me deixou, ele tinha me deixado. Foi o Isaque que escolheu ir embora, e se ele quisesse ficar ele teria ficado, ele teria ficado tão desesperado quanto eu fiquei! Se ele me quisesse mesmo, não teria partido.

- Você tem razão. – Sarah concordou – se Isaque quisesse ficar, ele teria ficado, mas ele não ficou.

- Oi meninas. – Arthur foi o primeiro a falar. Logo depois abaixou, e deixou um beijo no rosto da namorada. – Eu convidei o Isaque para se juntar a nós, Rebecca. Espero que não tenha problema.

Rebecca sorriu, sempre muito educada.

- Oi gente. – Isaque sentou ao meu lado, próximo demais para meu gosto.

- Vocês vão ficar pra almoçar? – Rebecca quis saber.

- Sim, com certeza. – Isaque respondeu.

- E você, Su?

Fiz uma careta.

- Desculpa Rebecca, as terças são almoço em família.

Eu havia até cogitado ficar com elas, mas agora não fazia sentido permanecer ali.

- Inclusive eu já estou atrasada. – Disse me pondo de pé. – Vou me trocar no seu banheiro.

Sarah sorriu, Rebecca tentou enviar mas não conseguiu.

- Tchau gente. – Disse, não especificamente para alguém.

Comecei a fazer a pequena trilha da piscina até a casa de Rebecca. Isaque me alcançou quando cheguei no primeiro corredor.

- Fugindo de mim? – Ele perguntou.

Dei de ombros e continuei meu caminho.

- Não que seja da sua conta, mas as terças são...

- Almoço em família. – Isaque me interrompeu – sim, eu sei.

Quando voltei o olhar para ele, Isaque me olhava de forma estranha. E imediatamente eu me arrependi por não ter coberto meu corpo com alguma coisa. Estava muito exposta só de biquíni.

- Meu rosto é mais encima. – Disse com sarcasmo.

Isaque sorriu.

- Ao menos seu senso de humor voltou.

Revirei os olhos com impaciência, abrindo a porta do quarto de Rebecca, mas fui impedida de entrar quando Isaque segurou meu braço.

- Volta pra mim. – Ele sussurrou.

- Para!

- Eu não posso, não vou, Su...

- Eu não sou um brinquedo que você pode brincar quando está entediado, ou solitário. – Me soltei do seu braço com brusquidão – e eu já disse pra você me deixar em paz!

Bati a porta na sua cara de uma vez e segui para o banheiro.

Isaque e Suzana

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Isaque e Suzana

O AMOR ME CUROUOnde histórias criam vida. Descubra agora