Suzana Moreal Levins, morava na Inglaterra desde os sete anos de idade, a Londres fria e chuvosa era o único lar de que se lembrava, e era também o ultimo lugar em que queria está.
Um trágico acidente havia contribuído para isso, ela estava totalme...
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Ela me deixou sozinha na sala, e eu procurei meu celular na bolsa. Desbloqueei e liguei para meu irmão, ele atendeu no primeiro toque.
- Suzana?
- Davi... – Minha voz ficou trêmula assim que ouvi a sua.
- O que aconteceu? – Ele perguntou preocupado.
- Eu, eu e a Gaby...
- Suzana, respira e me conta o que aconteceu.
Engoli o choro e tentei falar mais uma vez.
- Estávamos no Moreal, eu e a Gaby. Ela desmaiou, estamos no hospital Guilherme Álvaro agora.
- Tudo bem. Já estamos indo.
Assenti. Ele desligou o telefone, e eu comecei a chorar, e foi exatamente assim que ele e Asael me encontraram quando chegaram.
- Suzana, o que aconteceu? – Asael perguntou nervoso.
- Eu não sei. Gabriela estava pálida, e disse que se sentindo mal, então desmaiou. Levaram ela e até agora não me disseram nada.
- Mais que droga! – Asael bateu com o punho na parede de uma vez, e eu me encolhi assustada ao lado do meu irmão – ela tem se sentindo mal a tanto tempo, eu devia ter percebido.
Engoli um seco. Eu também, Gabriela era minha prima, estávamos sempre perto uma da outra, tinha que ter notado que havia algo errado.
- Vamos orar para que não seja nada grave. – Davi disse assumido as rédeas da situação, como sempre e se mantendo calmo. – Vou avisar o resto da família, Asael você liga pra seus pais.
Asael assentiu e se afastou.
- Você. – Davi se voltou para mim – tá tremendo.
- Tô com muito medo Davi, e se...
- Shi... Vai ficar tudo bem. – Ele sussurrou.
Menos de meia hora depois, toda a família estava espremida na minúscula sala, que não era assim tão minúscula, mas com sete pessoas não tinha como não ficar.
Alguns minutos depois dois médicos entraram.
- Boa tarde. Eu sou o doutor Carlos, diretor do hospital. – O mais velho se apresentar – e este é o doutor Mário, o responsável pelo caso da senhorita Levins.
- Lamento a demora, queríamos vir com resposta. – O mais novo começou a falar – fizemos uma serie de exames, para excluir todas as possibilidades...
- O que a minha filha tem? – tio Lúcios perguntou com impaciência, velada por preocupação, muita preocupação.
- Descobrimos que se trata de aplasia medular. Os sintomas que ela vem sentindo ultimamente são todos decorrente da produção da célula sanguínea que doença comprometeu.
