Capítulo 62 Eu Te Odeio!

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- Eu não estou incluída nesse “todos”. Não é? Como sempre. – Disse disse fitando mamãe que olhou surpresa para mim e Asafe que tinha entrado também.

- Querida, não sabia que tinha chegado. – Mamãe falou visivelmente abalada por estarmos ali - é melhor subir querida. Você precisa descansar. – Ela continuou se aproximando, mas eu recuei fugindo do seu toque.

- Descansar... – Soei tentando normalizar minha voz. Eu queria tanto chorar - acha mesmo que depois daquela noite eu consigo descansar? Eu não consigo fechar meus olhos sem remédio, e mesmo com eles eu sinto um medo constante, que tá me consumindo, tá me consumindo.

- Suzana...

- Não! – Gritei me afastando quando ela tentou mais uma vez se aproximar. – Porque, porque querem fazer eu viver nesse inferno, vocês não entendem? Não entendem, isso vai me matar, vai me matar.

- Você fala como se esse fosse nosso objetivo, como se naquela noite eu tenha machucado você propositalmente. – Edward falou me fitando nos olhos com raiva.

- É não foi? Porquê eu olhei nos seus olhos, eu olhei em seus olhos aquela noite, olhei em seus olhos, e vi que você sabia o que estava fazendo.

O rosto dele ficou vermelho e sua expressão se endureceu ainda mais.

- Acredite menina, eu não gosto nem um pouco de você, mas nunca a machucaria.

Está aí, finalmente ele tinha falado, tinha falado em voz alta.

- Eu te odeio! – Soei a verdade pela primeira vez. – Eu te odeio! – Gritei mais uma vez.

- Suzana – Candece interveio, mas eu não me calei, havia me calado por muito tempo.

- Eu te odeio! Eu te odeio! Eu te odeio! Como você ousa me tratar assim, Como ousa me desprezar dessa forma?

- Suzana!

- Você é um homem ruim, é um ser humano horrível. Sabia? O que você acharia se te tratassem assim, o que você acharia se te desprezassem e agissem como se você não existisse? O que você acharia ãh? – Gritei tentando respirar com dificuldade - Eu não me importo se te magoei, eu espero mesmo que eu tenha magoado, porque você me magoou como ninguém nesse mundo. Você fez eu me odiar, você me fez tão mal, e eu nunca fiz nada a você. Eu sou insegura e me importo com que as pessoas falam de mim porque você fez isso comigo, eu me sinto culpada por tudo absolutamente tudo!

- Minha filha. – Mamãe tentou se aproximar mais uma vez, mas meus pés foram para longe.

- Eu não consigo ter paz porque vocês fizeram isso comigo. Eu não consigo parar de pensar. Isso sempre está na minha mente. Porque eu vim a este mundo, porque eu tenho que viver nesse inferno, Teria sido melhor se eu nunca tivesse nascido, porque eu tenho que estar viva e sentir tudo isso? – Perguntei tocando meu peito, bem onde eu sentia um aperto e dor. – Eu não pedi para nascer! Não pedi para ser abusada, e humilhada várias e várias vezes e me transformar nisso...

Aquilo estava me matando. Aquela dor estava me matando.

- Não consigo... – Disse me apoiando em uma poltrona – não consigo... Respirar.

Então nesse momento algum empregado que passava pelo corredor derrubou um vaso, o som que chegou aos meus ouvidos foi idêntico ao da mesa quebrando naquela noite.

Quando voltei minha atenção para a sala eu soube que estava revivendo aquilo de novo, não conseguia dizer como era possível, mas estava acontecendo, estava acontecendo.

- Não! – Gritei me afastando de Edward, quando ele veio em minha direção. – Não! Por favor não me machuque. – Berrei sentindo quando meu corpo trombou em uma parede.
Eu fechei os olhos no mesmo instante, não tinha para onde correr, ele iria me matar, ele iria me matar.

- Não, não, não... Por favor não me machuque! – Gritei o mais alto que pude,  caindo no chão, sem força para me manter em Pé, E como que  vindo de longe, eu escutei alguém gritando meu nome, era Davi Eu reconheci sua voz distante.

- Suzana, Suzana. Abra os olhos. – Ele dizia urgentemente, mas eu estava com medo – Estou aqui, ninguém vai te machucar. Eu prometo!

Neguei com a cabeça, mantendo os olhos fechados, e tapando os ouvidos com as mãos. Eu ouvi o grito dele, tentando se sobrepor a voz de Davi. Ele viria me matar, ele iria me matar.

- Suzana, por favor, sou eu, seu irmão, eu nunca deixaria que ninguém te machucasse, por favor, abra os olhos.

Eu tentei me concentrar apenas na voz de Davi, mas não consegui, as outras gritavam por minha atenção, mas quando consegui abrir um pouco os olhos, as vozes cessaram de uma vez, então de repente não era mais a noite do acidente, era dia, a sala não estava manchada de sangue, o meu sangue, e Edward não gritava descontroladamente, na verdade todos estavam me olhando muito assustados, e Davi abaixado bem ali ao meu lado.

- Davi?

- Está tudo bem. – Ele disse com um pequeno sorriso acolhedor, estendendo a mão para me ajudar a levantar.

Eu levantei a minha para alcançar a dele, até que minha visão foi ficando mais turva, e então eu desmaiei.


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