No dia seguinte fui para faculdade como normalmente fazia, e me recusei a ficar minimamente mal por não ligar para Isaque. Não o vi durante todo o dia, ele não deu notícia, e não mandou entregar meu carro. Tinha simplesmente sumido, sem dá nenhuma explicação. Pela tarde assim que terminou minha última aula, o celular tocou, e o nome da Vitoria apareceu na tela.
- Oi, Vitória. – Eu atendi me perguntando se havia esquecido de ir a algum lugar com ela, mas até onde me lembrava hoje não tínhamos nada em relação ao casamento marcado.
- Oi filha... Você está em casa?
Meneei com a cabeça, destravando a porta do carro.
- Saindo da faculdade agora. – Respondi.
- Certo... Você viu o Isaque hoje?
- Não.
Entrei no carro e coloquei o celular no apoio. De jeito nenhum que entraria em detalhes com minha sogra sobre a briga que tinha tido com seu filho.
- Estou um pouco preocupada. – Ela continuou com a voz triste – ontem ele esteve aqui...
- Em Santos? – A interrompi chocada.
Isaque esteve em Santos e não havia me dito nada?- Sim. Acabamos tendo um discussão boba, ele saiu de casa e não voltou.
Eu abri a boca para perguntar o que de tão grave poderia ter acontecido para desencadear essa reação em Isaque, mas voltei a fechar. Estava muito curiosa, mas não parecia certo me meter entre mãe e filho.
- Vou tentar falar com ele, assim que tiver notícias te ligo.
Vitoria respirou fundo.
- Está bem, obrigada.
Desliguei o celular e disquei o número do meu noivo sumido.
- Oi Suzana...
- Onde é que você tá? – Perguntei com impaciência – Vitória tá muito preocupada.
- Em um hotel. Não consegui ficar em casa...
Nossa... Então devia ser algo sério.
- Em qual?
- Novatel.
- Tô indo aí, me espera.
Desliguei o celular antes que ele arranjasse uma desculpa e dirigi em direção ao Novatel. Quando cheguei já havia um aviso na recepção para que me deixassem subir.
Encontrei Isaque no quarto, sentado em uma cadeira acolchoada. O cabelo desgrenhado parecia não ver um pente a muito tempo, ele não havia dormido também, seu olhos tinham olheiras envolta. A camisa social estava aberta e amarrotada. Isaque parecia muito, muito cansado.
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O AMOR ME CUROU
RomantizmSuzana Moreal Levins, morava na Inglaterra desde os sete anos de idade, a Londres fria e chuvosa era o único lar de que se lembrava, e era também o ultimo lugar em que queria está. Um trágico acidente havia contribuído para isso, ela estava totalme...