Capítulo 56 Respira.

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Ponto de vista Suzana.

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Havia alguma coisa de muito estranha acontecendo comigo!

E eu sabia disso por bons motivos. Primeiro: Eu sentia alguma coisa em meu rosto, lançando uma rajada de ar, que entrava em meu corpo, e me ajudava a respirar. Mas eu não conseguia abrir os olhos, minhas pálpebras estavam tão pesadas, que parecia impossível fazê-lo, embora eu estivesse tentando.

Foi só depois do que pareceu muito tempo para mim, que consegui ouvir sussurros.

Não deve demorar muito. Essa voz era desconhecida. Uma voz masculina que se misturou com outras, que eu também não reconheci.

E se ela não conseguir respirar sozinha? Mamãe, essa era a voz da mamãe.

Não conseguir respirar sozinha? Mas eu estava respirando sozinha.

Estamos aqui. A voz masculina de novo.
Havia alguma coisa muito estranha acontecendo ali!

Eu precisava abrir meus olhos.

Vamos lá Suzana, você consegue. Tentei me encorajar, mas nem mesmo isso ajudou.
Eu esperei mais alguns segundos, e tentei novamente. Aos poucos e com muito esforço consegui abrir meus olhos.

A luz forte de ambiente quase me cegou, e eu tive vontade de fechá-los novamente, mas resisti contra o impulso, sabendo que se o fizesse, seria ainda mais difícil abri-los.

Depois que meus olhos se ajustaram a luz, eu consegui entender o que estava acontecendo, ou ao menos uma parte do que acontecia no quarto de hospital em que estava.

Tinha um médico no meu campo de visão, segurando um respirador portátil em meu rosto. Ele sorriu para mim, quando abri os olhos, mas não disse nada. Eu tentei perguntar o que estava acontecendo, mas falar com aquilo era difícil.

- Olá, Suzana. Que bom que acordou. – Outro médico apareceu em meu campo de visão – eu sou o doutor Alexander, responsável pela equipe de cirurgiões que te atendeu.

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