Capítulo 91 Rebecca

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Rebecca

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Rebecca








- Como foram as coisas por aí? – Edward falou.

Eu congelei meus pés e dei um passo para trás. Não queria que me vissem, mas só ouvir o som da sua voz me causou calafrios.

- Tudo bem. Vovó está oferecendo um jantar para seus amigos. – Davi respondeu – e a mamãe?

- Estou aqui. – A voz de Candece se fez ouvir. – Estava dando umas instruções para os empregados. Nossa festa aqui já acabou. – Ela se explicou – onde está a Suzana?

Eu senti meu coração bater mais forte, e respirei fundo tentando me acalmar.

- Com a vovó. – Asafe respondeu rapidamente – ela deve ligar mais tarde.

Eu engoli um seco que saiu rasgando minha garganta, e com toda a força que ainda tinha obriguei minhas pernas a caminharem para fora da casa.

Agora entendia porque eles haviam sumido, não queriam que eu me sentisse mal por vê-los falando com eles, e ao menos tempo também não queria cortar o relacionamento com os pais.

Deus sabe que nem eu mesmo queria, ao menos não com minha mãe, mas eu simplesmente não conseguia, não conseguia fazer o que ela queria. Seguir como se nada tivesse acontecido, achava que isso não era possível, tinha muito medo do Edward. Ele conseguia disparar todos os gatilhos que existiam em mim, já que tinha sido ele a pessoa que os colocou ali. Eu não gostava de admitir isso, mas também me ressentia muito da minha mãe, sabia que não era um sentimento correto, e estava mesmo tentando superar isso, mas ainda não havia conseguido. Era muito difícil pra mim entender que quando eu mais precisei dela, ela decidiu ficar do lado dele, e não do meu. Não parecia certo.

E os meninos, embora não admitissem, sentiam falta deles. Agora que a raiva, e toda aquela confusão havia passado eles sentiam saudade. Eu via isso em seus olhos, e sempre me perguntava com medo se eles um dia se arrependeriam por ter me escolhido. Toda vez que os via falando com eles por telefone, ou toda vez que iam a Londres para visitá-los, eu sentia que poderia perdê-los. Porque as pessoas que eu mais amava, pertenciam a eles primeiro.

Eu parei de andar quando percebi que estava já muito distante das pessoas no jardim, e quando me atentei ao ambiente, notei que não estava sozinha. Rebecca sentada em um banco, fitava a tela do celular pensativa.

- Rebecca? – Me aproximei. – O que faz aqui, sozinha?

Ela elevou os olhos para mim e sorriu sem vontade.

- Estava tentando falar com meu pai. – Ela gerticulou para o celular – mas acho que ele deve está ocupado.

Eu olhei para ela sem entender.

- Acho que vi seu pai, ainda a pouco na mesa de vocês.

- Ah... – Ela voltou a sorrir sem jeito, apertou os lábios suavemente enquanto pensava em como continuar – eu quis dizer, meu pai biológico.

O AMOR ME CUROUOnde histórias criam vida. Descubra agora