Capítulo 57 Estou Te Esperando, Sempre.

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Suzana

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Suzana





Mamãe se aproximou, parando a pouco mais de vinte centímetros de mim. Sua mão estava  erguida, junto ao peito, como se quisesse estendê-la e me tocar, mas tivesse medo.

- Lamento muito que isso tenha acontecido. – Ela murmurou com assombro na voz. – Porque não me disse que sabia a verdade?

Eu suspirei. Levi devia ter contado tudo a eles, e eu gostei disso. Eu estava cansada. Não aguentava mais ter que fingir.

- Teria adiantado de alguma coisa? – perguntei com a voz baixa.

A minha pergunta a atingiu de forma totalmente inesperada. Como se fosse um choque.

- Claro. Eu teria contado a você tudo. – Mamãe estendeu a mão para tocar a minha mas eu fugi do seu toque. – Querida... – Ela respirou fundo – a verdade é que, eu e o Edward passamos por problemas, nos separamos por alguns meses, e o seu pai era um amigo de infância.

Candece parou, parecia difícil ter que falar sobre isso.

- E então, o que aconteceu? Você decidiu deixá-lo? – Soei com esperança.

Embora eu tivesse quase certeza da resposta, ainda assim, talvez, talvez Edward tenha mentindo sobre isso também.

- Quando ele descobriu sobre a gravidez, decidiu ir embora... Me pediu que cuidasse de tudo.

Cuidasse de tudo? Eu... Ele não me quis mesmo?

- Foi na mesma época em que Davi ficou muito doente, então eu e Edward acabamos nos aproximando, novamente. Ele... Ele tem sido um pai para você desde então, e ele está tão mal por tudo Suzana, não sabia o que estava fazendo, os remédios o deixaram fora de si.

Eu enxuguei as lágrimas do meu rosto, com o braço bom, e senti um gosto amargo em minha boca.

Como eu fui idiota, como fui tola por achar que depois de Edward me machucar ela ficaria ao meu lado.

É tão triste... Tão triste ver as pessoas como elas realmente são. Estraga elas.

Sorri com desânimo.

A ideia era tão absurda, agora que tinha parado para pensar bem. Candece nunca me escolheria se eu e ele estivéssemos um de cada lado, nunca.

- Todo esse tempo, você tem visto o que ele faz comigo, como me trata. Você acha que isso é ser um pai? – Questionei sem tentar esconder a amargura em minha voz.

Candece piscou, algumas vezes, surpresa com meu tom de voz.

- Eu preferia não ser sua filha também, assim seria justificável você deixar ele me tratar assim. – Continuei percebendo a profundidade da minha raiva que estava dentro de mim por todo esse tempo – mas você é minha mãe, eu tenho seu sangue! Ter ficado ao meu lado, me protegido dele era o que você devia ter feito! Ao menos uma vez na vida, eu queria que você tivesse me colocado em primeiro lugar.

O AMOR ME CUROUOnde histórias criam vida. Descubra agora