Capítulo 58 Mil Vezes Você.

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Suzana

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Suzana











Eu Enxuguei as lágrimas do meu rosto, e tentei me recompor antes de apertar o botão ao lado da minha cama, e pedir que liberassem para que meus irmãos entrassem no quarto.

Não demorou nem mesmo cinco minutos. Os dois atravessaram a porta, Asafe me alcançou primeiro. Ele esqueceu totalmente dos hematomas, e dos machucados, me abraçou com tanta força que eu arfei de dor.

- Desculpa, desculpa... – Ele se afastou rapidamente.

Eu tentei disfarçar a careta, mas a dor era mais forte.

- É tudo sua culpa! Por nós deixar tanto tempo longe. – Asafe tentou brincar.

Eu sorri um pouco. Ou ao menos tentei.

- Obrigada por nos deixar entrar. – Desta vez foi Davi que falou, ele não me abraçou como Asafe, para não correr o risco de me machucar.

Só segurou minha mão com ternura, e me fitou com carinho.

Eu posei minha outra mão encima da dele.

- Eu sinto muito, eu precisava de um tempo. – Comecei tomando cuidado para não chorar e falhando miseravelmente – eu tinha muito medo que vocês... Que vocês... me desprezassem também, que achassem que eu era a maçã podre da família, que não me aceitassem. Esse era o meu maior medo.

- Su... Nós nunca desprezaríamos você... Nada mudou. – Davi murmurou – você é que deveria está chateada conosco, nosso pai... Ele... Ele é um monstro que tem feito você sofrer por todo esse tempo, e nós nem percebemos.

Seus olhos azuis estavam cheios de culpa, quando me voltei para Asafe encontrei a mesma culpa, misturada com tristeza. Eles não estavam aqui para defender Edward como mamãe, eles se sentiam responsáveis pelo que tinha acontecido.

Meneei com a cabeça.

Como eles poderiam saber?

- O único culpado aqui é o Edward! – Disse com convicção – vocês não.

- Ele nunca mais vai te machucar. – Asafe afirmou – Temos um plano.

Os olhos de Asafe passaram de mim para Davi, pedindo a ele em silêncio que continuasse.

- Vamos embora! Nós três, vamos nos mudar para o Brasil! – Davi falou de uma vez.

Eu olhei para ele incrédula. Esperando que dissesse que aquilo era uma piada de muito mal gosto.

- Como é?

- Você não vai ter mais que viver assim, eu prometo que ele nunca mais te fazer mal. – Davi sussurrou.

Eles... Eles iriam embora comigo? Eles... Estavam dispostos a fazerem o que nem mesmo a mamãe faria.

Eu senti uma dor em meu coração, e me senti muito, muito mal por acreditar que eles poderiam me desprezar quando soubessem a verdade.

O AMOR ME CUROUOnde histórias criam vida. Descubra agora