Suzana
O carro começou a dar indícios de que iria parar quando eu já estava muito longe da casa da Luciana, e bem mais longe ainda do meu condomínio. Eu revirei os olhos com raiva para a luz no painel que indicava que eu estava sem gasolina.
Porque eu tinha que deixar tudo pra última hora meu Deus? Choraminguei em pensamento.
Hoje pela manhã quando saí pra faculdade sabia que precisava abastecer, mas pensei em fazer isso na volta, já que estava atrasada pra variar. Não tinha problema, já que iria almoçar no restaurante perto da faculdade, Rebecca poderia me dá uma carona, e foi exatamente assim que aconteceu, só que na hora de ir embora Luciana, uma colega de classe pediu uma carona, o que não era bem uma carona já que ela morava do outro lado da cidade, em uma periferia que eu nunca tinha vindo antes. Mas como ela estava sem o dinheiro do ônibus eu não quis dizer não, imaginei que poderia abastecer no caminho, mas havia esquecido minha bolsa, com carteira, no carro da Rebecca. E eu não poderia simplesmente pedir dinheiro a Luciana, a coitada não tinha nem o dinheiro do ônibus.
Eu fechei os olhos quando o carro parou de vez e encostei a cabeça no volante.
Estava a uns 15 minutos de carro da casa da Luciana, quanto tempo isso levaria a pé? E Deus me ajudasse para que eu lembrasse do caminho e conseguisse voltar. Pegaria o telefone dela emprestado, ligaria para casa, pediria ao motorista da vovó que comprasse gasolina e fosse me buscar na casa da Luciana.- Ótimo dia para escolher vir de salto Suzana. – Disse para mim mesma.
Saí do carro e travei ele no mesmo instante. A rua já estava escurecendo, devia ser umas 18h , mas felizmente não estava chovendo. Dado a minha falta de sorte eu poderia contar isso como vantagem. Pensei começando a caminhar. Não fiz mais do que alguns passos quando um carro branco parou na minha frente, me impedindo de prosseguir. Logo depois Isaque saiu de dentro dele.
Eu me recusei a me senti grata e protegida.
- Você tá me seguindo? – Questionei confusa.
- Não. – Ele sorriu e fitou meu carro atrás de mim – mas que bom que eu estava passando por aqui.
Coincidência? Ele queria mesmo que eu acreditasse que isso era coincidência?
- Muito me admira que você tenha conhecidos nesse lado da cidade. – Acusei cruzando os braços.
- Eu sou um corretor de imóveis. Tenho conhecido em todos os lugares. – Isaque falou como se fosse óbvio – muito me admira que você esteja no subúrbio.
- Vim deixar uma colega da faculdade em casa. – Respondi a contra gosto.
Isaque assentiu com uma expressão marota e fez um sinal em direção ao carro.
- Já ligou para o reboque?
- Não. – Pigarreei – estou sem meu celular.
- Certo. – Isaque pegou o dele – eu vou ligar então...
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O AMOR ME CUROU
Любовные романыSuzana Moreal Levins, morava na Inglaterra desde os sete anos de idade, a Londres fria e chuvosa era o único lar de que se lembrava, e era também o ultimo lugar em que queria está. Um trágico acidente havia contribuído para isso, ela estava totalme...